terça-feira, 30 de novembro de 2010

Assim seja!

Neste céu de liberdade
Cavalgo as nuvens da esperança,
Passo por estrelas de felicidade
Abraço os astros da bonança.

Por um raio de luz,
Os Deuses baixaram à terra.
Aqui, agora, tudo mudou;
Os homens são mais solidários
Corações mais alegres;
A luz de cada dia
É como um sinal de mudança;
Revive-se o amor, em cada luar
O futuro é agora, presente;
Gente de mãos dadas,
Em fraternidade;
O esplendor da lua e do sol,
Neste oásis de paz;
Vendavais e tempestades
Uniram-se,
Para tornarem este mundo...
Um mundo melhor.
Assim seja!

J.C.Moutinho

domingo, 28 de novembro de 2010

Utopia

Aquele quarto,quente
De repente
Tornou-se frio.
O pólen do teu amor
Secou
Como secou tua paixão.
Ventos gélidos levaram
Teus sentimentos,
De tão frágeis eram.
Nunca imaginei que o sol,
Que teu olhar irradiava...
Não passasse de quimera.
Foste pálida ilusão,
Na minha iluminada paixão;
Teu amor
Foi gota perdida
No mar de meus sentimentos;
Foste uma brisa fria
Que passou por mim.
Mutilaste o melhor de minha alma
O amor sincero por ti.
E aquele quarto,
De momentos sublimes,
Tornara-se uma provação.
Tuas juras de amor,
Eram somente
utopia.

J.C.Moutinho

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Serei a liberdade

Quero soltar as amarras
Deste barco de resignação,
Agarrar fortemente as ondas da vida
Qual forcado nos cornos do touro,
Despir-me de complexos e frustrações,
Fazer ecoar por vales,
O grito que sufoca meu peito,
Nesta acomodação doentia,
Quero correr por florestas
Cujas folhas rocem meu rosto,
Como partilha de compreensão,
Quero ser embalado pelo cântico das aves,
Quero libertar-mede mim próprio,
eliminar angustias e traumas,
Quero que o mundo saiba
Que sou outro,
Reencarnação da liberdade,
Serei a liberdade.

J.C.Moutinho

Tempo do meu tempo

Mergulho nas minhas saudades,
Recuo no tempo...
Bebo da fonte de minhas memórias,
...Revejo momentos inesquecíveis
Na tela do meu tempo, rebelde.
Tudo em meu redor, sorria
Era um tempo em que havia tempo
Para amar,para viver,
Na ânsia do advir
Eram quimeras, sonhos sonhados
Irracionais de paixões,
Era um tempo de loucura
Viver cada dia,
Como se do ultimo se tratasse.
O atrevimento do primeiro beijo
Furtivo, arrojado.
Tempo do primeiro amor
Da inocência aliada à ilusão
De tudo saber.
Era o despertar para a vida,
Sofrida...
Ou não!



J.C.Moutinho

Indiferença

Rio que corres inexorável,
Leva nas tuas águas turvas,
A miséria e a desgraça,
Nesse barco da partilha,
Encontra o mar da Igualdade.
Ruas, avenidas repletas de gente
De rostos fechados, crispados,
Estomagos saciados,
Abundância, Opulência,

É a indiferença.

Em outros lugares,
Por caminhos e ruelas,
Apinhadas de seres,
De rostos cadavéricos,
Corpos esqueléticos,
Estomagos colados nas costas,
De fome
É a pobreza, na sua indignidade humana

É a diferença.

Solidariedade inexistente
Por comodidade,egoísmo
Ou simplesmente
Porque somos humanos,
Imperfeitos!

J.C.Moutinho

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Outono

Outono chegou, tímido
De luz  pálida da minha incerteza,
Folhas secas do meu desassossego
Galhos quebrados,
No caminho da insatisfação.
Chuvas, como lágrimas
De minha angústia.
Lá no alto da serra,
Na sua imponência
Uma árvore,
Choupo, sobreiro
Ou a Oliveira da paz?
Não sei..
Sei que acolhe-me,
No abraço de seus ramos,
E envolve-me no manto
Sereno de sua sombra,
Seu tronco, qual mãe
Aconchega-me,
Faz-me esquecer
O desprazer deste viver.
Árvore que tens todo o tempo,
Neste meu tempo voraz,
Desperdiçado...
Em mágoas do meu sentir
Árvore, que tudo vês
Com teus olhos em flor,
Perfumas quem passa,
Escutas quem te fala,
Sem responderes
Na tua sábia mudez

J.C.Moutinho

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Voar


Quisera agarrar as asas do vento,
E voar....
Sem destino,
Atravessar nuvens,
Cruzar por astros e estrelas,
Chegar ao Além...mais além.
Quisera deixar de ser físico,
E transformar-me em espírito.
Deixar para trás, desilusões
Emoções vividas,
E voar...voar,
Livre.
Quisera esquecer
As nuvens negras da tristeza,
E voar, sem destino,
Em busca do nada
Quiçá...
Felicidade.

J.C.Moutinho

sábado, 20 de novembro de 2010

Paraíso

Grãos de areia, acariciam meus pés,
Sentem meu fascínio
Ao caminhar nesta praia,
Dourada, vibrante,
Paraíso...
Que se faz presente e belo.

Alheio-me das intrigas
Que correm por aí...
Sei lá, por onde...
Estou aqui,sereno,
Só com as gaivotas.

Ouço o sussurrar da ondas,
O sol queimará a tristeza
Que tentar cercar-me.

Não me interessa mais nada
Neste universo,
Bom e louco, em simultâneo.

Quero viver este momento de paz
De felicidade.
Que acabe o outro mundo...
Quero viver este meu tempo.


J.C.Moutinho

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Liberdade


Rio que corres pro mar,
Nesse burburinho que entoa
No silencio da minha saudade.
És melodia, que me envolve
Em afago, nesta solidão.

Leva minhas amarras,

Devolve-me a liberdade.

Corres indiferente a tudo...

Não te apercebes de nada,
Nem do bem nem do mal,
Tampouco da minha melancolia.

Tens como tua missão

Levar ao mar,tua água...
Minhas lágrimas
De ansiedade.

Vai, rio, vai...

Nesse teu suave deslizar.
Leva minha tristeza...
Minha solidão...
Traz-me a liberdade.

J.C.Moutinho

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Chuva de saudade


Através da vidraça da janela,
Vejo a chuva cair...
Como lágrimas de saudade,
Dos momentos não vividos.
Cada gota é um átomo
De cada momento passado.

O fumo do meu cigarro

Sobe em espiral,
Tentativa de elevar,
Meu pensamento
Ao infinito.

Tanta chuva,

E não consegue lavar
A lembrança de outro tempo.

Melancolia que persiste

Nesta noite, de lua morta.

Cerro meus olhos,

Vagueio pela rua da nostalgia.

Prostro-me perante esta realidade.

Aguardo pelo clarear do dia,
Da esperança...
Da luz do sol! 

J.C.Moutinho

sábado, 13 de novembro de 2010

Ser poeta

Escrevo com emoção, simples versos,
Em certos e especiais momentos...
Com volúpia, deixo expressos,
Os poderes dos meus sentimentos.

Falhas de estrutura, terão...
Essa está contida em minh,alma,
Desejo ter a sensação...
Mesmo sem métrica, isso me acalma.

Não sou poeta,quiçá, pretensioso,
De uma coisa tenho certeza...
Escrevo em tom harmonioso,
Sempre mantenho minha nobreza.

Do pensamento às palavras,
Fluem suaves, minhas paixões...
Turbilhão de ideias são trocadas,
Adquirem o som de belas canções.

J.C.Moutinho

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Mundo cão

Quero descobrir a razão,
Da razão da falsidade...
Porque permites tu, mundo cão,
Que exista tanta maldade?

A vida anda num vai-vem,
Momentos de paz outros de guerra...
Há sempre, tristemente, alguém,
Que nos magoa e nos aterra!

Olhamos, não vemos a pobreza,
Gente que sofre, profunda tristeza,
Somos indiferentes à realidade,

Nesta desigualdade, entre humanos
Somos verdadeiros profanos...
Mas poderosos... em ridícula vaidade!


J.C.Moutinho

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Emoções

Doem-me os dias
neste vendaval de saudade.

Turbilhão de emoções,

Pensamentos que voam,
nas asas do vento.

Levaste contigo as cores
e os cheiros da minha vida.

Apagaste a luz da felicidade.

Emudeceste os sons da alegria.

Escureceste o arco íris.

Partiste,de repente,

Mas continuas comigo,
na esperança,
de te ver voltar.

J.C.Moutinho

Sonho

Reuniram-se os deuses
A Humanidade mudou
A Terra agitou-se. 


A Maldade passou a Bondade;

Tristeza, é agora alegria;

Caridade,veio substituir indiferença;

Fome acabou,
Agora só abundância...

Lembram-se do  egoísmo?
Terminou,
transformou-se em  partilha

O miserável ódio
mudou radicalmente para amor

Até os cardos,
são flores

O sol é mais radioso
A lua mais iluminada

Os humanos, todos iguais
dizem-se irmãos
sorriem, abraçam-se

Estranho...

Acordei.
Afinal era um sonho.
Oh...que desilusão!


J.C.Moutinho

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Felicidade

Uma nuvem passageira,
disse que sou homem de sorte...
Ser amado desta maneira,
numa paixão tão forte.

Respondi que é meu privilégio.
que este amor é retribuído...
Seria um sacrilégio,
este carinho, não ser correspondido.

Dois corações amantes,
batem em sintonia...
Nestas emoções distantes,
que se encontrarão um dia.

A felicidade é constante,
nesta nossa comunhão...
Não deixar em nenhum instante,
acabar esta paixão.

domingo, 7 de novembro de 2010

Deambulando

Viajei por vales de tranquilidade,
Galguei montanhas de ansiedade.
Atravessei rios de angustias,
Cruzei mares de ilusão.
Fui iluminado pela lua,
em noites de frustração.
E aquecido pelo sol da paixão,
Quis abraçar as estrelas,
mas o infinito era longe
Voei...caí...senti...sofri
Não atingi sequer os astros.
Quedei-me, desiludido...
neste planeta...
Terra  de tantos contrastes
Raras belezas.
Felicidade...
Ah a tal...onde está?
Um dia ainda a encontrarei.

sábado, 6 de novembro de 2010

Tempo

Sou do tempo em que havia tempo
para amar, viver.
No meu tempo,
Vivíamos com todo o tempo, do mundo.
O tempo corria bem devagar
a seu tempo...
Saudades daquele tempo,
com tempo, para viver um tempo
de imensa tranquilidade.
Era um tempo de outros tempos.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Paz

 

Rio de água cristalina,
corre manso,
refresca meus pés.
Seu sussurrar é sinfonia,
aos meus ouvidos.

Meus pensamentos voam, com o vento
perdendo-se no éter...

O silencio, afaga-me o rosto
suavemente...

A lua envolve-me
em seu manto luminoso.

Cerro os olhos...

deixo-me elevar.

Encontro a paz.

Paz...

Palavra pequena,
de significado belo
inexoravelmente rara.


Zé

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Metamorfose

Mulher...oh, mulher
Foste a essência rara do perfume
que impregnou meu corpo
e minha alma.

A luz que iluminou,
a escuridão de minha angústia.

A Estrela guia,
que mostrou o caminho,
ao meu coração.

Foste o sol, que me aqueceu,
no âmago profundo do meu ser.

Tempo de um outro tempo.

Ilusão sem paixão...
Ou paixão, sem ilusão.

Sentimentos também têm a sua
metamorfose....
E esta foi bem intensa...

A essência de perfume,
evaporou-se...

A luz que me iluminava,
apagou-se...

A estrela guia,
desapareceu...

E o sol, simplesmente
escureceu.

Restou a penumbra.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Vaidades


Caminhos sinuosos de vaidades,
Nuvens obscuras de arrogâncias,
Trevas... de prepotências.
Escusadas...


Gente que olham por cima
de sua estupidez,
sem conseguirem ver,
seu próprio umbigo.


Indiferentes...
da miséria que os rodeia.
Dos pobres, que não têm um tecto,
para se abrigarem,
do frio da incompreensão.
Sem pão para se alhearam,
dos olhares da soberba


Tão fácil a partilha...


E pavoneiam-se
donos de si e do mundo.


Oh mundo de injustiças,
de desigualdades.
crueldades.


Tanta abundância...
tanta carência.


E afinal, que somos?
Humanos, uns.
Uma sub-espécie, outros.


E...somos todos filhos de Deus.


Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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