segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Silêncio em ti



Calo-me no silêncio em ti,
Os pensamentos turvam-se
Pela tua displicência,
Deixaste-te envolver na penumbra
Do desencanto,
Antes eras a felicidade exacerbada,
Hoje sombra de um passado encantado,
Levaste-te pelos extremos da mentira,
Hipocrisia e falsidade,
Tornaste-te presa do teu erro, meu amor,
Desacreditaste na luz da verdade,
Escureceste o luar,
Dos nossos momentos de paixão,
Esqueceste aquele mar de amor,
Em que navegávamos,
Preferiste embarcar na nau do afastamento,
Agora, naufragas no meio desse mar,
Que te levará ao sofrimento,
Pela perda de quem te queria,
Podes ainda tentar as margens
E agarrar-te às pedras da esperança,
Talvez consigas ter o perdão pela tua,
Frieza e indiferença.

J.C.Moutinho

domingo, 30 de janeiro de 2011

Morena de cabelos negros



Desces altiva e deslumbrante,
A calçada da rua onde moras,
Teu caminhar tem a suavidade da brisa,
Bamboleias como borboleta!
Os teus cabelos negros de azeviche,
Resplandecem ao sol, soltando reflexos!
Tal cotovia, trauteias uma melodia,
Enquanto deslizas pela rua abaixo!
A tua boca carmim,
De lábios bem desenhados,
Leva-me a um doce encantamento!
A elegância das tuas pernas esbeltas,
Roliças, como gazela,
Fazem-me voar pela paixão!
E quando olho os teus seios,
Perco-me na ilusão do desejo!
São de fada as tuas mãos,
Que me levam a sonhar que me acaricias!
Tu és, mulher morena,
De cabelos negros
E boca carmim,
A encarnação da beleza da mulher,
És o sonho jamais sonhado!

J.C.Moutinho

sábado, 29 de janeiro de 2011

Mulher



É bela, é feia
Culta e inculta,
Inteligente ou pouco,
Loira e morena,
Arrogante e humilde,
Arisca e provocadora,
Doce e carinhosa,
Perigosa e venenosa,
Terna e amorosa,
É fêmea que se entrega numa sensualidade total,
Como numa frieza assustadora,
É causadora da perturbação dos homens,
Faz deles o que quer,
Aos tais do sexo forte,
É a mulher na sua genética maravilhosa,
É mãe, irmã, filha,
É o ser que tem dor, no amor,
De dar à luz o filho,
É a mulher que amamenta, num gesto
Maravilhoso da natureza,
Mulher, sempre complexa
E desconhecida,
Mulher que ama e odeia nos limites,
Mas a mulher será sempre,
A fêmea desejada e amada.

J.C.Moutinho


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Alegoria



Céu azul,
Chovem utopias,
Em chão florido de quimeras,
No ar bailam sonhos,
Ruas engalanadas com fantasias,
O vento parou,
Espera pelos abraços,
Vindos nas asas da esperança,
Árvores libertam perfumes,
Essências raras,
As flores têm corolas mais coloridas,
O chilreio das aves é melodia encantada,
Que nos acalma os sentidos,
Despertos e irrequietos,
O mar azul, nas suas ondas,
Leva-nos para o paraíso,
Onde o coração bate calmamente,
E a alma se liberta,
Das agressões do quotidiano,
E se deslumbra pela beleza,
Da vida.
Desta vida!

J.C.Moutinho

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Olhemos a luz das estrelas



Vem aconchegar-te nos braços do meu desejo
Cruza o bréu de ignomínias
Sente o calor do sol das ilusões
Atravessa os desertos das invejas
Contempla o oásis do tempo
Do viver tranquilo, das flores
E respirar o ar da emoção
Sonhemos o inimaginável
Vivamos o imprevisível
Alcancemos o impossível
Olhemos a luz das estrelas
E mergulhemos no mar da constelação
 Voemos nas asas dos meteoros
Deslumbremos a terra, com a nossa paz
E naveguemos em águas de amor,
Ainda que o luar esteja apagado
O sol adormecido
E a aurora tarde
O crepúsculo virá!

J.C.Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

Ver esta publicação no Instagram

Live Planeta Azul Editora

Uma publicação partilhada por Planeta Azul Editora (@planetazuleditora) a