sexta-feira, 11 de março de 2011

E tanta coisa foi desperdiçada




Invento ventos de esperança,
Navego em águas sem mar,
Subo montanhas sem cumes,
Deixo-me levar por rios de ilusão.
Agarro as horas, para que parem
Este tempo louco e veloz.
Corro em sentido inverso,
No desejo de que o tempo se imobilize,
Mas tudo é em vão.
Os minutos voam,
As horas escapam-se,
E os dias atropelam-se nos meses
E os meses nos anos.
E a vida esvai-se rápida
E irritantemente célere.
Olhamos o tempo passado
E entristece-nos ter sido perdido
Em futilidades.
Mas o impossível faz-se presente
E nada retorna aos momentos idos
E tanta coisa foi desperdiçada,
Inutilmente.
E o tempo corre, sem parar
E nós partimos sem realizarmos
O que era possível!

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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