As andorinhas voavam,
No seu esvoaçar rápido e desengonçado
Para os seus ninhos nos beirais do telhado,
Alimentando carinhosamente as suas crias;
Era uma casa no meio de tantas outras,
Mas só aquela estava coberta de ninhos,
Numa fileira simetricamente alinhada,
Criando a ilusão pictórica de algum Picasso;
Elas mostravam nos seus votos repetidos e velozes,
Que estamos na Primavera,
Embora esta se vá diluindo no tempo,
Talvez por isso a sua veloz deslocação!
Fiquei encantado a olhar a beleza
Das suas obras arquitectónicas
E do seu trabalho repetitivo, sem descanso;
E elas voavam…
Iam e vinham num labor de encantar,
E deslumbravam nas cores das suas penas,
Somente duas, as principais na tela das cores:
Branca, da alegria, da paz e da vida;
Preta, da tristeza de que a vida um dia acaba.
José Carlos Moutinho
12/6/11
Bom dia amigo,
ResponderEliminar...navegando, aqui caí! Como sempre, encontro algo de bom para ler!
Sim, é verdade, ainda é primavera e elas(as andorinhas) ainda por aqui(a minha varanda) esvoaçam o espaço que será sempre delas!
É sempre um prazer passar por este blog.
Só me aceita como anónimo(???)
Abraços.
PauloJ.Coelho