quarta-feira, 6 de julho de 2011

Abre as janelas da tua alma




Perdem-se os meus olhares,
Por entre imagens nascidas de ti,
Encontram clausuras no teu querer
E na penumbra que te traz a mim!
No vento de uma melodia calada,
Chegas-me adormecida de um sentir desfalecido,
Como uma flor por desabrochar,
No jardim de fantasia ressequida!
Dispo-me das lembranças vividas em ti,
Escutando o som da despedida,
No silencio que me invade,
Nos pensamentos que me acolhem,
Desiludidos e desencantados,
Pelo presente que se alimenta de saudade!
Hoje és a maresia de um mar sem cor,
Perdeste o brilho do sol nele espelhado,
Foste levada nas areias negras,
Roladas nas ondas da tua vaidade,
Irás morrer na praia da tua ilusão!
Desperta dessa letargia doentia em que deitaste,
Liberta-te desses lençóis que te amordaçam,
Abre as janelas da tua alma
E deixa-te voar, na brisa do amor;
Permite que o teu coração fale mais alto,
Que o silencio que te domina.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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