sexta-feira, 8 de julho de 2011

Escusa-nos o tempo




Acordo-me no despertar do sol,
Na sua resplandecente alvorada,
De lindos tons dourados,
Que brilham, clamando à vida,
Nos acordes melódicos das aves!
Fascino-me entre campos de verdes esperanças,
Absorvo sôfrego o ar perfumado,
Das pétalas delicadas,
De floridas gardénias!
Solto o meu olhar e deixo-o vaguear,
Pela planície de rara beleza;
Fixo-me nas copas das altas árvores,
De elegantes e labirínticas ramadas
E folhas geometricamente alinhadas;
Deslumbra-me a beleza,
Que a Natureza nos oferece!
Escusa-nos tempo para a apreciar,
Na louca voracidade de uma vida,
Sem tempo para ser-se feliz,
Porque a avidez excede o racional;
Excede-se na velocidade dos minutos,
Porque as horas tardam, nas vontades,
Os meses apressam-se, em intentos desvairados
E os anos esvaem-se na vida por viver!


José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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