segunda-feira, 18 de julho de 2011

Tempo que voa




Esvaem-se os minutos,
Nas horas que morrem,
Na caminhada dos ponteiros entorpecidos
Do relógio velho e cansado,
Pela contagem do tempo que passa!

Tempo que fugazmente absorve a infância,
Atropela célere a juventude,
E nos encurta o nosso tempo,
Em rápidos e desgastados anos!

Entro em mim,
Observo as estrelas
Que me acompanham na minha solidão,
Perdido nos meus pensamentos,
Intrigado pelo fenómeno da voragem
Deste tempo, que tão pouco tempo
Nos concede.

Revoltado,
Luto contra a injustiça,
De ver as horas voarem,
Naquele relógio velho e cansado;
Emudeço-o no seu tic-tac
E paraliso-o no seu andamento sem fim.
Fiz justiça!

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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