quinta-feira, 21 de junho de 2012

Olhar sem ver




Quero olhar em meu redor
e admirar como se fosse a primeira vez,
o que vejo...
Ou talvez, extasiar-me como se fosse a última vez!

Passamos tantas vezes pelo mesmo local
sem nada vermos;
Fazemos da vida, uma corrida, sem paragens
para nos deliciarmos com a beleza
que aos nossos olhos se oferece generosamente!

Talvez o poeta veja de outro modo,
as coisas que o rodeiam
e pense:
“Se eu perecer, vou deixar de ver tudo isto,
então deixo-me levar num deliciar,
enquanto me é possível estar por aqui
e darei mais valor ao que os meus olhos acariciam!”

Na monotonia do quotidiano,
todos os dias se vê a mesma imagem
no mesmo local...
Se alguém perguntar, de repente, de que cor é...
Ninguém sabe,
porque as pessoas veem,
sem ver!

E desperdiçamos tanto,
do nosso pouco tempo
sem a consciência da nossa cegueira,
que só se torna visão da árvore,
quando a folha perene se faz ausente!

José Carlos Moutinho

1 comentário:

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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