sábado, 16 de junho de 2012

Rio do silêncio




Os meus anseios arrastam-se pelo rio do silêncio,
desfazem-se em metáforas de ilusões,
no fundo da cascata de utopias,
que choram nos salpicos de água,
como lágrimas de tristeza,
que afogam recordações,
no pó das margens secas da saudade!
Amores que se perderam na correnteza
do passado, vividos em paixões platónicas
que doíam o coração
e sufocavam a alma!
Suspirares perdidos nas brumas da incerteza,
nos abraços que não se fizeram
e nos beijos jamais beijados!
Palavras caladas na escuridão do desejo,
sorrisos perdidos,
no sopro de ventos desencontrados,
levados no desanimo da vontade cansada
e na fragilidade que fustigava a coragem
destruindo todo um querer em amar.

José Carlos Moutinho

2 comentários:

  1. Triste e doído.
    Bonito.
    Um grande bj

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  2. As águas que desaguam aqui, são as mesmas águas frágeis que encontrei no meu mais profundo íntimo. Linda inspiração, parabéns! :]

    Ótima noite de sábado. Ótimo restinho de final de semana.
    Forte abraço.
    Tatiane Salles.

    http://tatian-esalles.blogspot.com.br/

    Att.

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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