segunda-feira, 9 de julho de 2012

Crise que não inventámos




Confesso-me inexoravelmente cansado,
Trocam-se os caminhos, sem que eu entenda,
Admito que seja um momento, não perpetuado,
Se tivesse força, aos culpados daria uma reprimenda.

Instantes da vida que se complicam,
Sorrisos que se tornam esgares de tristeza,
Antes alegria, agora bocas que suplicam,
Neste mundo cruel, onde falta a franqueza.

Dizem que é a crise, que temos de poupar,
Mas se toda a vida vivemos sem abundância,
Para se ter algo, sempre se teve que trabalhar,
Poucos seriam os que viviam em abastança.

A minha certeza, é que somos espoliados,
Como já o fomos em tantas outras ocasiões,
Agora foi por esperteza de banqueiros safados
E os políticos que nos apertam por outras razões.

E aqui estamos nós, pobre povinho, sem chiar,
Parecemos ratos encurralados no nosso cantinho,
Já em outro tempo alguém dizia, sem se expiar,
Pobrezinhos, mas honestos mas em total desalinho.

José Carlos Moutinho
9/7/12

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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