terça-feira, 14 de agosto de 2012

Alma ferida




Sinto a alma ferida
por ventos, que vindos de longe me acutilam,
são invisíveis no seu magoar,
abalam-me o sentir
e eu sem coragem, 
deixo-me enredar por esta teia de dor!
Entorpeço-me nos pensamentos combalidos,
a visão tolda-se-me,
escurecem-se os meus anseios!
Vagueio por caminhos imaginados,
perdido no sinuoso do meu querer,
procuro encontrar a janela da liberdade,
que me solte este penar desatinado
e sair, ainda que em atropelos,
por esse mundo de esperanças vãs,
cair no abraço de um sol que me aqueça
e derreta o frio
que congelou as minhas emoções!

Quero sair desta apatia
que me amarra...
E ir em busca de ilusões,
ainda que sejam utópicas
e voar em sensações novas
no dorso de nuvens quiméricas!

Quero sonhar,
sair desta realidade,
que me cativa no meu sofrer
e me sufoca no meu viver!

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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