sábado, 17 de novembro de 2012

Ciclo do dia





A alvorada desperta-me da letargia
que envolve o meu corpo,
os raios de luz, espirais deslumbrantes
estremecem-me no vibrar da vida!

O dia renasce...a cada dia,
no fascínio misterioso da natureza,
aspiro o ar que me enche o peito
de esperanças pelo amanhã,
que se faz tão breve,
o hoje, já é passado,
no desperdício da futilidade, do supérfluo,
em detrimento dos valores mais altos!

A alvorada, com os seus cintilantes lampejos,
Insiste em iluminar as mentes perdidas,
pelo desassossego da irracionalidade,
em luta tenaz, raramente vencedora!

Corajosamente a aurora
transmuta-se em radioso sol,
de luz forte, calor abrasivo,
dissipando tristezas, alegrando almas,
aquecendo corpos enregelados,
pela ausência do essencial,
alimentando ilusões e vaidades,
desalentando desejos impossíveis!

E mais um ciclo do dia termina,
com a chegada do luar,
no esmorecimento da tarde cansada
e triste pelo insucesso,
de não conseguir  ver
a humanidade feliz!

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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