quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Eterna saudade





Suspiro absorto em pensamentos
trazidos pelas minhas lembranças,
acariciadas por pétalas de rosa porcelana,
perfumadas de saudades,
daquela terra longínqua
tão perto do meu coração!
Um dia foste minha, terra de quentes cores,
nos caminhos de chão vermelho, que eu pisei,
pelos cheiros que me extasiavam o meu sentir,
e dos batuques que me despertavam
nas madrugadas das ternuras,
pelo misticismo daquelas gentes de pele negra,
de corações felizes,
que cantavam melodias de liberdade!

A minha memória está pintada
com as cores do pôr-do-sol
retocadas pelo arco-íris inolvidável
da minha felicidade!

Ainda sinto a impetuosidade das breves tempestades,
que me deliciavam no deslumbramento da bonança,
abraçadas pela luz do sol radioso,
surgido inesperadamente do cinzento da chuva torrencial!

Mulheres de seios soltos, aos ventos,
das savanas sem fim de uma África de fascínios!
Ah...Angola minha terra de adoção,
quero-te como jamais havia pensado!

Tu Luanda, cidade da minha juventude,
deixaste-me enfeitiçado,
conheceste os meus segredos,
guarda-os com carinho em ti,
nas raízes das belas acácias,
conserva-os delicadamente,
nos perfumes das suas flores!

Até sempre Luanda querida,
confidente dos meus segredos de amores!
Estarás eternamente em mim,
Angola das minhas paixões!

José Carlos Moutinho

1 comentário:

  1. Os meus parabéns, meu estimado poeta, ele canta todo o amor que sentimos por aquela terra, que eu sómente em pensamento o direi, porque eu não tenho esse dom fantástico de expresá-lo em escrita, bem hajas amigo:))

    José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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