domingo, 9 de dezembro de 2012

Alma, pomba branca





O meu ser percorre atalhos de desalinho,
em pensamentos de inquietude,
na busca da serenidade do luar
e da acalmia do leito murmurante do rio,
que desliza confidente do meu sentir!
Emudeço pelas sombras das árvores
que me calam a voz,
anseios que me sufocam
o grito que se estrangula no meu peito,
pelos suores frios trazidos pelos ventos
do desassossego, em nuvens diáfanas,
onde se escondem estrelas titubeantes
pela incerteza do que eu desejo!
Nem eu sei o que quero,
neste desatino que me visita,
em constante hostilização!
Estou cansado de tudo...
Quero o silêncio que me afague a alma
que o meu coração faça o que quiser,
sou refém da sua vontade,
mas que a minha alma
seja a minha eterna pomba branca!

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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