quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Vem, meu amor





Ainda recordo com nostalgia,
a tua partida no sopro do vento norte,
envolta em nuvens de desânimo,
na inconsciência da razão,
que te perturbou os sentidos!
Ignoraste os meus apelos sinceros,
contidos em palavras de carinho,
preferiste seguir o teu orgulho desvairado
e embrenhares-te nas noites de breu irrefletido!

Sei que te arrependeste,
imbuída em pensamentos de tristeza,
ofuscados por tempestades de suspiros,
nas tardes de choros prementes de saudade!

Embora triste, magoado pela tua partida
em turbilhão de sensações,
não consigo esquecer os nossos momentos,
...Aqueles em que te deixavas adormecer
nos meus braços,
numa entrega de total devaneio!
Jamais consegui evitar o recordar
do néctar dos teus beijos,
da carícia das tuas mãos
e do calor do teu corpo!

Volta, amor, eu perdoo-te...

A vida é tão célere na sua corrida,
que são inadmissíveis
todos os instantes perdidos
que jamais voltarão!
Vem, aos meus braços,
porque sei que me amas,
somente te deixaste enfeitiçar
por utopias fantasiosas
mas sei que em teu coração
eu estou presente!

Vem, meu amor, espero-te
sem recalques, nem amarguras,
só desejo que sejamos felizes.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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