terça-feira, 5 de março de 2013

Minha triste Pátria





Quero ser solidário com todos os meus irmãos
deste Portugal triste e envergonhado!
Quero fazer chegar bem alto a minha indignação,
soltar o meu grito de raiva,
por tanta humilhação infligida ao nosso povo!
Gritarei como o Zeca
Grândola, vila da fraternidade,
terra Morena da tristeza
que escurece as nossas almas!
Gritarei a minha revolta,
até que minha voz se canse
e se faça justiça sobre as cabeças,
de gente sem alma, sem escrúpulos!

Ah... minha Pátria querida,
tu que também és vítima impiedosa,
de tanta maldade e arrogância!

Portugal de povo ordeiro, que sofre impunemente,
que luta com a sua voz, com aroma de cravos,
armas do coração e da carência,
Mas Ignorados por ouvidos surdos,
De presunção e falta de inteligência!

Talvez a nossa voz seja insuficiente, Pátria,
e tenhamos de usar outras armas
para extirpar tanta maldade e frieza!
Só queremos pão, paz e cultura
e tudo nos é cerceado!

Acode-nos Pátria das nossas glórias,
desperta dessa letargia, em que te deixaste envolver,
expulsa as ervas malignas,
desta plantação do nosso anseio
queremos a liberdade de Abril
com dignidade, um lar, e sem fome.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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