Quando editei o meu primeiro
livro, foi como um sonho nunca imaginado.
De repente, despertei desse
sonho, que nunca existiu e que me lançou num mundo real, jamais pensado e
estranho para mim.
No dia do lançamento, rodeado
por umas boas dezenas de amigos reais e virtuais, vivi momentos de euforia, e
porque não dizer, de muito orgulho e uma pontinha de vaidade.
Afinal editara um livro. EU
TINHA UM LIVRO, COM O MEU NOME. Já me chamavam poeta.
Poeta, coisa bonita...Eu era
poeta!
Pobre de mim, que embora
tivesse começado muito jovem, a escrevinhar umas coisitas, às quais alguns
amigos chamavam de poemas, mas que eu duvidava, pois, para mim, o que me
diziam, era como elogio de amigos, para me entusiasmarem a não desistir. Sem
que contudo, aqueles “poemas” tivessem na verdade, algum valor poético. Assim
pensava eu!
Passaram-se dezenas de anos,
e, para meu próprio espanto, recomecei a escrevinhar, por “carolice” e como
resposta a uma amiga que gostava de fazer os seus versos em quadras rimadas, ao
que eu respondia do mesmo modo.
Assim começou a minha
aventura “literária”.
Audaz e ousado e a conselho
de amigos, fui colocando os meus ”poemas”, no famoso Facebook, o maior veículo
de comunicação virtual e interactivo que conheço.
Após algum tempo e já com
vários “poemas” colocados no dito site, fui aconselhado a editar um livro.
Pensei, para mim, esta gente
não está bem da cabeça. Eu, editar um livro?
Será que alguém me edita um
livro, afinal quem sou eu, o que escrevo será meritório de um livro?
Corajosamente, e admito que
o fiz pela força que me foi dada por vários amigos, entre os quais destaco 4
pessoas, que obviamente não mencionarei os seus nomes, para evitar ferir
sensibilidades, enviei um “monte” de poemas, para 4 editoras, que me
responderam. Como para mim todas eram desconhecidas, optei pela primeira a
responder-me anuindo à publicação, e, em boa hora o fiz, porque era (é) uma
editora que prima pela qualidade do livro.
Isto foi em Fevereiro de
2011. O meu primeiro livro a que chamei de “Cais da Alma” vendeu mais de um
milhar e meio. O sonho tornava-se uma realidade.
Após este primeiro livro e,
porque o “bichinho” da escrita, tomara conta da minha inspiração, continuei a
escrever. Passado o sonho, ficava a realidade do meu desejo em evoluir,
melhorar a qualidade dos tais “poemas” (eu ainda resisto em assim chamá-los,
dizem que por falsa modéstia, mas acreditem que não é) e editei mais 3 livros, totalizando
agora, 4 livros, sendo 3 de poesia e 1 de prosa. Tudo isto, no espaço que mediou
entre Fevereiro de 2011 a Março de 2013.
Confesso-me satisfeito,
direi mesmo feliz, por entrar por um caminho que eu pensava só ser possível aos
intelectuais, aos grandes literatos.
Admito que o caminho não é
fácil, encontram-se muitos escombros, que nos tornam atletas a saltar
obstáculos. Mas uma coisa muito simples, aprendi: Quando se entra numa
competição, não ganha o mais arrogante, nem o mais presunçoso, mas sim o que
tiver a humildade de competir, mesmo achando-se insignificante ou inferior.
Todavia, mesmo com esse
pensamento positivo, muitas vezes me deixo levar pelo desânimo e interrogo-me
se vale a pena continuar!
Neste mundo de preconceitos
e desequilíbrios, os desconhecidos, como eu, ainda encontram imensas
dificuldades.
Mas como, ao longo da minha
vida, sempre tive como princípio, nunca desistir de uma competição, depressa
expulso de mim, o desânimo e, certamente em breve, sairá mais um livro de
prosa.
O meu grande obrigado a
todos que me leem. Um Obrigado muito especial aos que têm os meus livros. Creio
que a maior felicidade para quem escreve, é saber que os seus livros estão nas
mãos dos leitores.
Bem Hajam, amigos e meus
leitores. Sem vós, nem sequer poderia fazer este texto.
José Carlos Moutinho
8/2013
Parabéns José Carlos! eu fui ao teu primeiro lançamento CAIS DA ALMA, tive o grato prazer de estar presente! foi em Lisboa, o Hotel não me lembra o nome, Já tenho três dos teus livros;
ResponderEliminarContinua...o mundo é dos determinados! Parabéns!
Beso Célia