quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O Improvável



Tantas vezes julgo-me inspirado,
Apresso-me a escrever o que me vai na mente,
Mas rapidamente me sinto desanimado,
Pois o que escrevi não me deixa contente!

Insisto nesta minha teimosia,
Devo achar-me poeta, pobre de mim...
Como se escrever simples palavras
Com melodia e cor, que animam quem lê,
Fossem o bastante para me fazer poeta!
Mesmo sabendo que jamais o serei,
Não desisto,
Porque a simplicidade do que escrevo,
Solta-se da fonte mais profunda de mim,
É da minha alma que brotam cristalinas,
As palavras que me levam pelos caminhos,
Do meu desejo, que se façam poesia!

Só sei que meu peito se anima,
Numa ânsia de libertar o grito de alegria
Que se esconde no seu âmago...
...Aquele grito de vitória,
Quando eu um dia, atingir o cume da metáfora
E colher do meu jardim de sonhos,
Estrofes, em flores vermelhas de paixão,
Tentar que as rimas se conciliem,
No meu desejo quimérico
De fazer bela poesia!

Ah...como seria sublime,
Um dia eu despertar desta ilusão,
E acordar-me na utopia
De escrever como um poeta.

José Carlos Moutinho.

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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