terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Silêncio em mim



Nestes instantes de melancolia,
deixo-me abraçar pelo silêncio,
escuto o sussurrar rítmico do meu coração
e penso na beleza do sol que lá fora cintila,
porque dentro de mim,
existe uma revolução inconformada,
de um sentir que amordaçou o tempo,
em que o seu sorriso me encantava
e que agora nesta saudade,
me prostra em agonia
pelos minutos que se esvaem lentos,
numa tortura acutilante
que me sufoca no tempo futuro
sem esperança
morto pelas desilusões!

Escuto o silêncio que nada me diz,
mas que me lembra emoções vividas
do passado...
Será mesmo passado?
Parece-me que foi hoje
que tudo se desmoronou!

Tento aquietar-me,
na obscuridade das minhas sensações
que se ofuscaram pela sua recusa
de um reviver em sintonia,
onde imperava empatia e felicidade!

Em meu redor existe nada
que o silêncio abraça delicadamente
em solidariedade com o meu carpir!

Sinto-me cansado, pelo torpor
que me invade a alma,
anseio que tudo isto seja um pesadelo
e que o amanhã me traga novas
do meu amor...
Adormeço afagado
Pela esperança de um feliz advir.

 José Carlos Moutinho

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

No crepúsculo da tarde



No crepúsculo da tarde que agita o meu ser,
Escondo os medos na noite que me abraça,
Murmuro às estrelas, os meus queixumes
Na esperança de uma resposta silenciosa,
Vinda da quietude da luz ténue da lua!

Somente recebo silêncio e escuridão,
Suspirados na calada da noite de breu
Que me inquieta mais ainda o coração,
Este meu coração, que ao amor se rendeu!

Da minha essência, faço-me sonhador,
Sorrio-me na doce saudade incontida,
Encho de felicidade meu peito, com ardor,
Deixo a minha alma cantar a paixão sentida!

Escuto as melodias perfumadas de maresia,
Daquele mar, iluminado pelo manto do luar,
Que afagam meu sentir em carícias de fantasia,
Segredando que a alvorada será eterno amar!

 José Carlos Moutinho

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Se eu um dia



Se um dia, eu tardar
Em chegar às tardes esmorecidas
Do meu cansaço,
Não me procurem...
Talvez eu não esteja mais a sonhar
Ao olhar as estrelas das noites perdidas
Nem a ser afagado pelo luar da vida!

Todavia, olhem em vosso redor,
Quiçá, alguma luz vos indique
O caminho da minha eternidade,
E se quiserem falar de amor
Vão em busca do meu abraço,
Estarei lá no horizonte da serenidade
Para cantarmos, como sempre faço
Em coro as alegrias das nossas almas,
E gritarmos ao mundo terreno,
Que de pouco vale a presunção,
Tampouco a ridícula arrogância,
Pois são valores menores
De gente com escassa inteligência,
Que navegam em mares sem brilho
Enfunados de vaidade
E acabarão por naufragar
Na sua própria ostentação.

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Poesia



POESIA...É o vibrar de um sentir inconsciente
É amar platonicamente
É escrever desatinado na emoção dos sentidos   

POESIA...É o desassossego da alma,
Na serenidade do poema
É deixar deslizar os sentimentos pelas linhas da tinta
Que se fazem palavras.

POESIA...É sentir o respirar do amor, no oscilar das árvores
É inebriar-se com o perfume das flores nos cabelos da amada.

POESIA...É suspirar na ansiedade do abraço e na imaginação do beijo,
E deixar-se inebriar pelas imagens na saudade da amada.

POESIA...É o cantar de melodias desafinadas, que lembram odes de paixão, em noites de luar.

POESIA...É simplesmente o amar desassossegado de corações, que suspiram amor e paixão e que se colam na escrita do papel que voa de encontro ao futuro.

POESIA...É olhar as nuvens negras e achá-las maravilhosas
Porque detrás delas esconde-se o sol.

POESIA...É sonhar acordado, inventar utopias
Abraçar quimeras
E levar-se em devaneios.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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