segunda-feira, 9 de junho de 2014

Minhas mãos, meus tesouros





Na quietude da minha solidão,
deixo-me levar pelas divagações do meu pensar!

Olho fascinado, as minhas mãos,
vejo sulcos do tempo,
lavrados por instantes consumidos
pela voracidade das horas,
que fez das minhas mãos cansadas,
obras de uma arte sofrida!

Por entre os dedos,
pequeníssimos atalhos
como afluentes digitais
de sinais que definem as marcas 
do destino, da minha essência!
Admiro a geometria de cada mão,
penso na natureza que me gerou ser,
fez duas mãos distintas nos seus traços,
em cada mão, talvez,
um destino diverso,
parecem semelhantes,
mas fixando meu olhar atentamente,
descubro rios de criteriosos efeitos
como capilares sensitivos!

Com as minhas duas mãos abertas,
sorrio-me feliz
pela alegria de poder contemplar
as minhas armas de luta,
meus instrumentos na criação
da minha poesia,
minhas suaves pétalas de carícias
que perfumam o papel do jardim branco,
onde planto as flores da minha escrita!

As minhas mãos
são parte importante
da minha grandeza!

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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