terça-feira, 17 de junho de 2014

Rio Tejo, meu amigo





Deslizam suaves, em  ondulante navegar
As águas amigas deste rio, da minha vida,
Correm serenas ou rápidas para o mar,
Que de braços abertos aguarda sua corrida.

Tenho saudades de contemplar o Rio Tejo
Que me viu crescer, que se fez meu amigo
E me abraçou certo dia, num doce lampejo,
Recusou fazer da minha temeridade, castigo.

Tejo meu companheiro que me cantavas melodias,
Nas verdes margens da minha meninice junto de ti,
És agora, acalmia nas brumas das minhas nostalgias,
És companheiro perene da alegria que um  dia senti.

Ah…Tejo meu rio querido que de longe vens,
Nem sempre és amável, nem sempre és sereno,
Quantas vezes te revoltas e causas desavéns
Com tuas águas inventas sofrimento pleno..

Mas eu só te penso na tua doce acalmia,
Olhar-te com o carinho de quem te ama,
Receber o reflexo do sol que cintila nas tuas águas.

Não tenhas pressa na tua corrida
Em direcção ao mar
Que te fará nada
Na grandeza da sua imensidão…

Mas para mim, meu Rio Tejo
Jamais deixarás de ser o meu rio
O meu amigo, meu companheiro
De tantos e bons momentos,
Que na distância e no tempo
Me apertam o coração
Numa eterna saudade.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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