sábado, 5 de julho de 2014

Fosse eu vento



Queria ser vento
para acariciar rostos
e abraçar cada um,
como se fosse meu irmão

Queria ser estio
do vento da sinceridade,
colado no meu peito de amizade
que transformaria o frio da solidão
em calorosa companhia

Se eu fosse vento
faria sorrir com a minha caricia
aqueles, cujo rosto endureceu na tristeza
sussurraria palavras de esperança
aos que a perderam na amargura

Ai...se eu fosse vento,
entraria em todos os lares
e transformaria a miséria
em alegria e felicidade

Mas não sou vento
sou um simples pensador

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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