sábado, 31 de janeiro de 2015

Emoções





As emoções são sentires da alma,
é brisa que se sente sem se ver,
são desatino ou de muita calma
serão de alegria ou de muito sofer.

Mas que seria a vida sem emoções
se elas são a razão do nosso viver.
no chorar e cantar dos  corações.
até nestes versos que estou a escrever.

Emoções brotam do sentimento
fonte da alma, de águas cristalinas
tantas vezes sem discernimento…

Com emoção deixo este soneto
com palavras singelas e finas
finalizo assim este terceto…

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Admirando a natureza





Vagueavam os meus olhos castanhos
P’la verde paisagem em meu redor
Fascinante de encantos tamanhos,
Sorria com a grandeza da sua cor.

Deixe-me enlevar por sua beleza,
O Céu azul, p’las núvens matizado
Tela perfeita com singeleza
Que me deixou assim enfeitiçado.

Ah… Natureza maravilhosa
Tanto ofereces e pouco pedes,
Tens vida tens cor, és caprichosa…

Queres respeito pelo que tu dás
Com satisfação a todos tu serves
Tens em ti a felicidade da paz.

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Rio Douro,. no Picote





Sentado sobre as arribas,
Rodeado pelo silêncio da paz,
Absorvo a bucólica paisagem
Que me penetra os sentidos
numa serenidade emocionante!
Olho fascinado lá em baixo
Onde o rio se divide fantasiosamente
E deixo-me enlevar pelo encanto
Que me é permitido apreciar!
Corre calmamente este grande rio
Que se veste de ouro, pelo nome
Cujas águas transportam a vida
E o trabalho de muitos,
Que dele fazem o caminho da esperança!

Ah…estas paisagens deslumbrantes
Que o planalto mirandês oferece,
E que nesta imagem de delirante beleza
Situada no Picote
Pequena aldeia transmontana
Me faz sonhar…
Sonhos que serão ilusões
Ou talvez simples devaneios
Pelos céus de etéreos voos!

Imagino o longe, muito longe,
Onde um fio de água,
Nascido em terras da estranja
Desliza pelas nossas, com a carícia
Que afaga estas nossas arribas,
E que irá, após muitas curvas e escombros,
Correndo por entre profundos vales,
Mergulhar no mar, lá longe, muito longe,
Abraçando-o, feliz pelo dever cumprido.

José Carlos Moutinho

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Desapontamento





Desviava-se dos ventos fustigantes
Convencendo-se de que lhe eram alheios,
mas as folhas secas que se colavam no seu rosto
despertavam-no para a realidade
que se esculpira na sua alma
sulcando-lhe o coração
com desilusões,
que antes se vestiam de utopias,
desfilando em coloridas ilusões
pelas passarelles da escrita…

...Mas a plateia inteligente e superior,
na sua envídia ignorância,
ia-o marcando negativamente
com traços negros de hipocrisia e falsidade
desfazendo sonhos,
abalando a sua anterior coragem
enegrecendo os caminhos do futuro…
…do futuro que se afunilava
para o túnel da resignação
roçando as paredes do desapontamento.

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Sou tudo e...sou nada!






Colam-se em mim os sons dos ventos
Que lá fora rugem ameaçadores
Como se desejassem atemorizar-me…
Sacudo-os displicente,
Porque em mim, há a tenacidade
De enfrentar tempestades
E nadar contra marés,
Sou eu, o próprio vendaval
Que repele tudo o que me agrida!

Sou a força da natureza
Que me leva longe
Ao mais alto dos meus anseios
E não são as intempéries em desvario
Que me obstruem o caminho,
Nem tão pouco as ventanias
Me arrastarão por vales indesejáveis!

Tenho em mim a luz que me guia
Pelas noites silenciosas e frias de bréu
E ilumina escuras e imaginadas pontes
Sobre os rios da minha inquietude,
Eu sou a coragem que abomina fraquezas,
Sou a vontade da minha vontade
E o sonho dos meus sonhos,
Sou ilusão das minhas desilusões
Sou tudo e…sou nada!

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

Ver esta publicação no Instagram

Live Planeta Azul Editora

Uma publicação partilhada por Planeta Azul Editora (@planetazuleditora) a