terça-feira, 31 de março de 2015

Escuta, irmão





Quem és tu, irmão
que me sorries e me abraças
e me atraiçoas descaradamente?
Será que sou eu que não entendo esta realidade
que me afecta os sentidos e me perturba…
Ou serás tu que te perdeste
pelos caminhos do desiquilíbrio
e fizeste da harmonia cívica
um coisa de somenos importância?

Preocupa-me, irmão
que as coisas tomem este rumo
e te leve à perda de valores
que humanamente deveriam estar presentes
em cada um de nós!

Vejo com tristeza que cada vez mais,
são menos os que caminham
lado a lado na esteira da amizade,
preferindo dar prioridade
aos atalhos de conflitos
e desatinos exacerbados
quiçá, por despeito ou inveja!

Tem calma, irmão
concentra-te na verdade
e pensa, se para ti é benéfica essa atitude,
que afinal só pode servir teu ego
mas que te cria atritos
com quem te quer bem!

Conta comigo, irmão
no abraço sincero da humildade
e nas palavras que te digo
na ânsia de que entendas
a verdade coerente da razão.

José Carlos Moutinho

domingo, 29 de março de 2015

E se...





O meu dia chegará!
E quando esse dia chegar…
…e eu despir-me deste meu efémero tronco
e vestir-me  folha seca, caduca
caída no chão…
depois erguida pelo vento
no alvoroço do momento,
esvoaçando pelo espaço indefinido
em voo delirante pelo desconhecido…
…Talvez, então, me sinta liberto
das contrariedades e das quezílias
mundanas que se colam em mim!
E se conseguir o desapego ansiado,
sorrirei na minha serenidade,
mas nada, nem ninguém verá meu sorriso
por que só eu terei o privilégio
de ver quem me sorri
ou me olha com desdém…
Poderei também, se essa benesse me for concedida
descobrir onde se esconde a hipocrisia
e se desnuda a sinceridade!

E se…
Se… eu, folha seca, me metamorfosear em pó
e de mim nada restar,
além da eventual e ténue lembrança
da árvore que fui
e só por que deixei raízes
que se perpetuarão pelo tempo…

…Se tudo isto fizer história de mim,
pela minha passagem
por esta feira de vaidades e arrogâncias,
espero sincera e humildemente
que lá da minha etérea morada
possa olhar o espaço onde estive plantado
e sinta o murmurar poético da minha alma
a cantar-me melodiosas saudades
e dizer-me que, apesar de tudo…
Apesar de tudo valeu a pena viver
por que fui feliz.

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 26 de março de 2015

Estes versos, meu amor




Escrevo-te estes versos
Meu amor, com alegria,
Sentimentos dispersos
Que sinto todo o dia.

Teu sorriso é o meu sol
Que aquece a minha alma,
na solidão és o meu farol
que nas noites me acalma.

Meu amor, amor meu és a flor
Mais bela do meu jardim,
Quando me falas d’amor
Entras docemente em mim.

Canto esta canção d’amor
com melodia de paixão,
gravada em ti com fulgor
e escrita no teu coração.

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 25 de março de 2015

Ó Mar




Fala-me, ó mar dos teus mistérios
que em ti, escondes ciosamente,
terás certamente tesouros sérios
guardados no baú do teu ventre.

Quero de ti, ó mar, somente serenidade
aspirar em deleite o teu perfume maresia
navegar-me nas tuas ondas com facilidade
ouvir teu marulhar como se fosse poesia.

Sentado na falésia dos meus pensamentos,
exorciso mágoas, traumas e desilusões,
penso-me timoneiro em vaga de lamentos,
capitão de sonhos em espuma de emoções.

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 23 de março de 2015

Força e coragem




Cavalguei núvens floridas de sonhos
abracei estrelas nas noites inquietas,
voei sobre precipícios medonhos
consegui tenazmente atingir metas.

Tenho em mim a força que me faz vencer
repudiei o vento da contrariedade,
ignorei instantes adversos do perder
colhi o fruto da árvore da verdade.

Suportei afrontas e palavras negras
lutei com determinação e coragem…
autodidacta, cumpri sempre as regras;

Considero-me um vencedor com sorte
jamais me deixei levar por miragem…
nas desilusões nunca perdi o norte.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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