sexta-feira, 13 de março de 2015

Louco, mas humano





Há tardes que se enroscam nos meus pensamentos,

constroem ilusões que se vão colando na minha alma

e que, com o chegar das noites se transformam intentos

de voar sem rumo, nas asas do vento, minha calma.



São devaneios perdidos nas vontades acomodadas

que a minha mente recusa a aceitar, sem resistência,

mas os medos das mágoas das horas escancaradas

são presentes e trazem lembranças de advertência.



O perfume salgado da maresia tempera-me o desejo

de abraçar a alva espuma, trazida por ondas viajadas,

de me deixar levar pelo fascinio dourado do lampejo

e aquietar a minha agitação na visão de musas aladas.



Bem sei que são quimeras, quiçá, um pouco alteradas,

mas no meu divagar sou eu só, solitário e soberano,

posso fazer das utopias, realidades por mim refractadas

por que sou um sonhador, talvez louco, mas humano.



José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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