quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Bruma de mistérios



Sentado na falésia eu contemplava o mar
os meus olhos perdiam-se no horizonte,
o tempo ia esmorecendo a tarde, devagar
e ao longe a bruma parecia-me uma ponte

Pouco a pouco o mar cedeu à neblina,
deixei de ver as águas da minha fantasia,
triste, enquanto olhava aquela cortina,
surge uma gaivota cantando uma melodia

Trauteava num tom que eu desconhecia,
e trazia-me uma bela mensagem de amor,
de uma mulher que há muito eu não via
e a gaivota ia voando e voava em meu redor

Seria algum mistério escondido na bruma
ou talvez o feitiço do mar que me extasiava,
agradeci àquela névoa vestida de pluma
que me trouxera a gaivota que me cantava

Bruma de alegria, mar da minha saudade
quero estar com os dois uma vez mais,
desejo voltar a sentir de novo a felicidade
antes que o amanhã não me visite jamais.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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