quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Levou-os o vento





Não, já não sei mais fazer poemas

deixei que o vento levasse os versos,

ficaram em mim alguns dilemas

se devo ir por caminhos diversos!



Vejo em meu redor tantos poetas

plantadores de utópicos jardins,

imaginantes de muitas tretas

jardineiros de secos alecrins!



Deixarei correr este meu tempo

em metáfora do sentimento

na ânsia de que voltem os versos…



Quando voltarem na asa do vento

os que ele levou em certo momento,

deles farei poemas dispersos…



José Carlos Moutinho

Não tenhas medo


Não tenhas receio das tempestades
nem tampouco do sopro da ventania
deves ter medo sim, das maldades
e da brisa que falsamente te acaricia 


Conheces bem a verdade do vento
mas desconheces a mentira da caricia
por essa razão deves ficar bem atento
para evitares toda e qualquer malícia


José Carlos Moutinho

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Há tanto mar





Há tanto mar em tão pouca vida
tanto viver em pouco navegar,
nos remos da maresia sentida
viajam anseios p’ra lá chegar,

Há inquietude constante ao viajar
no sopro do vento em desassossego,
que só acalma com o sol a brilhar
e clareia os suspiros do medo!

São caudalosos os afluentes
que correm loucos e descontentes
buscando a foz das águas vividas,

Outras vezes, correm tão serenos,
beijam as margens dos dias amenos
lavam a dor das mágoas sentidas!

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Sou marinheiro





Sou marinheiro do mar da vida
capitão do navio onde me navego,
já fui timoneiro em maré atrevida,
hoje sou a memória que carrego!

Galguei ondas venci muitas tempestades,
agora o meu mar é a minha acalmia,
faço das minhas águas, amizades
com maresias escrevo poesia!

E quando o vendaval me fustiga
planto brisa em poemas silenciosos
do sol faço rimas de dias radiosos…

Se o tempo, as saudades não mitiga
penso-me marinheiro novamente
e fundeio a nostalgia calmamente…

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Somos uma passagem





Na aragem fresca daquela tarde
a ilusão vagabunda do tempo
que talvez a saudade guarde,
chegava serena, sem lamento!

A vida é uma louca correria,
perdem-se valores materiais
mas nunca se perderá a alegria
realizando os nossos ideais!

O melhor da vida são os amores
e embora alguns se pintem de dores
há sempre uma esperança de melhor…

Porque de passagem aqui estamos
nossa glória é o que conquistamos
com tenacidade honra e muito amor…

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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