Não...não
te escrevo mais,
as
palavras que tinha guardado para ti
secaram
na gaveta dos meus pensamentos,
nem
uma sobrou para te avisar
que
és folha seca de um triste Outono...
e
foste tu que a deixaste começar a secar
naquele
verão, que, embora quente,
transformou-te
em gelo,
um
gelo empedernido
pela
tua arrogante displicência…
fizeste-te
icebergue perdido
no
mar das tuas ilusões,
vagueaste
nas ondas do desalento
em
busca de um farol,
que
jamais encontraste,
perdeste-o
definitivamente
quando
me ignoraste,
porque
era eu, talvez, o teu farol!
José
Carlos Moutinho
25/11/18
Decreto-Lei,
nº 63/85
dos direitos do autor
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