domingo, 7 de agosto de 2011

O nosso Universo




O sol, ainda meio adormecido,
Vai despertando na magnitude da aurora,
Os seus raios,
Formam em ti um riacho de luz,
Tornando-te uma estrela resplandecente,
Na tua pele madrepérola!
O sol desperta enfim,
No teu sorriso esplendoroso
E qual tela de Monet,
És uma princesa, envolta por flores
Num jardim do Éden!
Os teus braços esbeltos,
Demonstram a ternura no teu abraço;
Mergulho na doçura dos teus olhos,
Entrego-me ao calor do teu peito,
Delicio-me na carícia das polpas dos teus dedos,
Que inventam vales e montanhas,
No meu corpo que estremece a cada toque!
A minha visão tolda-se no êxtase do sentir;
Em nosso redor, nada existe;
Só nós e o sol, nosso Universo!

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Os meus poemas




Os meus poemas são pedaços da minha lua,
Que iluminam as palavras que a minha alma escreve;
São as minhas ilusões beijadas pelo papel onde se inserem!
Os meus poemas, são letras levadas no vento,
Para onde me leiam,
Eles levam o meu sentir,
Para além do meu ser;
Nas emoções que se perdem no infinito!
Os meus poemas têm no teu olhar o sentimento,
Do meu beijo da saudade em ti;
A ausência das palavras cantadas,
São a tristeza que os meus poemas choram!
Os meus poemas, são o murmúrio doce,
Das águas que beijam o leito do rio,
Na corrida para o mar;
Os meus poemas podem ser inventados ou vividos
Com musa ou sem ela,
Mas todos brotam,
Do mais profundo da minha alma!
Os meus poemas, podem não ser bons poemas,
Mas são a vibração da minha paixão,
No amor entre a alma e o coração.

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Silêncio, silencioso




Envolvo-me no silêncio da tua ausência,
Que me sussurra palavras,
Vindas dos teus lábios, num beijo;
Este silêncio que me conforta,
No longe da tua presença,
Mas que no seu som silencioso,
Me permite ter-te no pensamento;
Acomodo-me no meio deste silêncio,
Que me acalma nos momentos,
De desassossego!
Silenciosamente escuto o silêncio,
Que me beija a alma
E me afaga a saudade em ti!
Queria que este silêncio,
Fosse águia, que voasse aonde estás
E que no seu bico silencioso,
Te trouxesse a mim;
Ou talvez, mais silenciosamente,
Fosse nuvem, que no silencio do firmamento,
Te envolvesse nos meus braços;
Ou então que este silêncio,
Fosse estrela ou astro,
Que no seu brilho,
Fosse a luz de ti!
Abraço-me mais a este doce silêncio
E deixo-me cair, docemente,
Nos braços da inconsciência
E adormeço!

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Guiados pelo farol estelar




Levo-me nas águas deste meu rio,
Pelo leito suave do teu corpo;
Acaricio-te em cada curva,
Descanso na mansidão das tuas margens,
Sorrio no perfume que exalas,
Das flores que te cobrem!
Mergulho-me em ti,
Sinto-te no calor da profundidade,
Beijo-te na ondulação que a brisa inventa,
Deixo-me navegar na tua canoa,
Feita da luz do sol,
Deslizada pelos remos, braços teus
E soprada pelo teu respirar!
Quando o dia desmaiar
No ocaso, farei com que a tua canoa,
Nos leve na acalmia da luz do luar,
Docemente por entre as estrelas;
Deixarei o meu rio adormecer
No teu leito,
Permito-me sair da minha foz
E entrar pelo mar das nossas vidas,
Guiados pelo farol estelar,
Da nossa felicidade!

José Carlos Moutinho

Os choupos e os pintassilgos




   O choupal de folhas verdes e frondosas, estende-se prazeroso ao longo daquele rio, de águas cristalinas, que entoa o seu cântico de rara beleza, no murmurar da sua correnteza e que desliza mansamente, sem pressas, porque sabe que vai perder a sua doçura, no sal da imensidão do mar.
Em equilíbrio, nos ramos dos choupos, os pintassilgos, compõem belas melodias, num despique celestial.
As ramadas dos choupos, oscilam na leveza da brisa, que as acaricia, em aplauso aos sons que pelo ar ecoam.
A exuberante envolvência desta paisagem, exorta-me à paz, do corpo e dos sentidos.
Os raios do sol, que penetram por entre as verdes copas, são como estiletes de ouro, que enriquecem este deslumbramento único. Entontece-me, numa hipnose natural.
É no fascínio desta cena mágica, que sou levitado nos pensamentos, pelo Infinito.
Desejo que o mundo seja metamorfoseado por este encanto.
Quedo-me, absorto, perco-me no tempo.
Cansei-me do mundo, esqueço-o. Sou um ser espiritual.

José Carlos Moutinho
1/8/11

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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