segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Filosofando




Levo-me no vento que me abraça,
Absorto em pensamentos de delicados momentos,
Que a vida serenamente nos oferece;
Murmuro-me palavras de alento,
Para as caminhadas por estradas vazias,
Desbravarei campos de ervas bravias,
Enfrentarei contradições de terras secas,
Das emoções sofridas, com chuvas sentidas;
Secarei pântanos de infortúnios,
Com as areias do oásis do meu sentir;
Serei o condor que domina o espaço que me cerca,
Afastarei com os meus braços, feitos asas
Aves predadoras, em busca de carniça;
Irei descobrir no Infinito misterioso,
O amor perpétuo, de intensas sensações,
Farei das quimeras, reais emoções,
E verbos de amar, das utopias;
Serei metamorfose que tudo mudará para o bem!
E vou por aí, em luta constante,
Até que o momento me tome,
Deste mundo tresloucado,
E me leve nas suas garras, sem regresso.

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Imaginando-te




Deixo-me mergulhar no imenso lago dos teus olhos,
Navego no verde da tua íris
E como se flutuasse, levo-me no encanto
De um sentir que me penetra os sentidos;
Fascino-me num torpor lascivo,
Ao imaginar a volúpia do meu beijo
Nos teus lábios vermelho carmim
E na emoção do toque da minha língua,
Na tua boca, feita ânsia
Do meu desejo!
Perco-me na imaginação e da perda da razão,
Num deslumbramento desatinado,
Que se acentua no brilho do teu sorriso,
Como sol do meu querer!
Viajo pela sensualidade do teu corpo,
Elegante, perfeito, de musa inventada;
Deslizo-me pelas dunas
Que te envolvem as curvas
E entrego-me à mansidão,
Dos meus braços que te enlaçam
E das minhas pernas que te prendem;
Somos um só corpo,
Numa anatomia coreográfica,
De total prostração,
De absoluta entrega de prazer e paixão.

José Carlos Moutinho

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Levo-me no imaginário




Gira o mundo sem parar...
Voam os meus pensamentos sem destino,
Exaltam-se as minhas emoções;
Passa por mim, suave, a brisa
Que me afaga a alma, na quietude das horas;
O meu sentir delicia-se no silêncio,
Do luar que me envolve!
Sorrio para o nada,
Porque em meu redor só existe o nada,
Neste nada que tudo contem,
Na paz que acaricia os meus sentidos!

A alvorada aproxima-se, preguiçosa
Cintilando no despertar da vida,
Abraçando o universo;
São momentos de empolgante emoção,
Que a cada dia se repetem
E que tantas vezes ignoramos,
E deixamos de sentir o pulsar,
Iluminado da nossa existência!

Desperto desta sensação letárgica
E escuto agora o vibrar em torno de mim,
Das folhas que se agitam no toque,
Do beijo que o vento lhes oferece!

Aspiro o doce e lânguido aroma
De delicadas flores, que me olham,
Parecendo sorrir-me pelas pétalas,
Que se desnudam em múltiplas cores!

Deixo-me levar no imaginário
De que sou de outra galáxia...

José Carlos Moutinho

sábado, 5 de novembro de 2011

Encontrámos o paraíso




É noite de medos no meu peito,
Levo-me em pensamentos soltos
Por este mar de sonhos revoltos,
Procurando o amor perfeito!

O sol brilha com a força da paz
Sobre ondas, neste meu oscilar,
Em frágil canoa deixo-me levar
Na certeza de que serei capaz!

Esperança não é palavra vã...
O luar acenderá a minh,alma,
Do crepúsculo até de manhã!

Nas areias douradas do sorriso
Estás tu, esperando com calma,
Porque encontrámos o paraíso!

José Carlos Moutinho

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A loucura do sentir




Quando te olhei fiquei deslumbrado,
Os teus olhos tinham o brilho do sol,
Iluminavam o meu sentir,
Transtornavam-me a razão,
No querer te tocar!
Os teus lábios sensuais,
Fascinaram-me no desejo de os beijar,
Perturbaram-me na vontade,
De sentir a tua língua tocar a minha;
O abraço em que nossos corpos se uniram,
Permitiam- me sentir as tuas coxas,
E a tua pele quente, que queimava as minhas mãos,
E o desejo de me sentir em ti!
Ficámos assim por tempos perdidos,
Na razão do inconsciente;
As nossas bocas sufocavam no beijo interminável,
De prazer indescritível;
O fogo que nos invadia,
Fazia de nós a lava do vulcão em explosão;
E eu sentia-te toda em mim,
Numa louca volúpia de prazer,
E luxúria fazendo-nos esquecer o mundo.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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