segunda-feira, 9 de abril de 2012

Primavera




Ah... fascínio do tempo,
desta vida que nos contempla,
no desfiar das horas, em campos floridos,
verdes do me sentir de esperança,
navegados em rios de fantasias,
em miríade de cores,
por cânticos de aves,
nesta perfumada Primavera ao vento,
que se eleva aos céus das sensações!

É Primavera...
As andorinhas esvoaçam, na sua labuta arquitetónica!
Respira-se um ar inebriado de poesia,
em sinfonias de ilusões,
solta-se a alma em rasgados sorrisos de emoções,
corações que vibram na pujança da vida,
pelas imagens que se fazem telas,
da Natureza criadora de arte ímpar!

E a Primavera traz alento e alegria,
Nas pétalas das rosas vermelhas,
no perfume das gardénias,
e em tantas e doces fragrâncias de outras flores!

Esquecem-se os dias frios incolores,
do Inverno que partiu, no rodopiar incansável da Terra!
Animam-se as almas, pelo calor do sol frequente
e pelo chilreio em celestiais melodias
de felicidade das aves!
O luar é mais azul e brilhante,
Iluminado pelas estrelas zelosas,
para que este belíssimo quadro,
de fascinante beleza, da Primavera,
se perpetue para além do Verão!
Primavera ao vento das minhas saudades
de outras Primaveras de paixões.

José Carlos Moutinho

domingo, 8 de abril de 2012

A tua ausência




Tardes que se alongam no cansaço da tua ausência,
e se escusam em trazer novas da tua caminhada,
pelos becos de estranhos contornos,
onde perdes o discernimento em conturbadas emoções!

Levas-te em marés vivas, por agitados mares,
sem sentires a beleza e o calor do sol,
que te afaga o corpo,
em provocante carícia de sensual despertar!

E vagueias nessas ondas descontroladas,
sem rumo, perdidas na agitação dos ventos!

E, as tardes alongam-se nas horas infinitas,
que tardam em se fazerem noites, por teimosia,
talvez para prolongarem a minha tortura
e não permitirem que me sossegue,
no sono da fadiga dos meus pensamentos!

E teimas nessa continuada ausência!
A tua imagem enfatiza-se na saudade
obstinada que me transtorna
provoca-me esta nostalgia insistente
na minha alma
E faz o meu coração perder a razão!

José Carlos Moutinho

sábado, 7 de abril de 2012

Páscoa...Aleluia




É uma época especial de amor, solidariedade e partilha!
Que não se façam ouvidos moucos às palavras de bondade;
Que não se fechem os olhos às misérias deste mundo;
Que se abram os braços para acolher quem sofre
E se abram as portas para que entrem os que têm fome!
Que voem pombas brancas de paz,
Sobre esta escuridão de maldade!
Que os homens reflitam,
No que Jesus fez para demonstrar o amor,
O sofrimento e o perdão!
Deixemos para trás a inveja e o despeito,
Sejamos francos e amigos!
Festejemos esta Páscoa de 2012, como única e eterna,
De igualdade fraterna entre todos!
Pensemos na Páscoa, como um fenómeno milagroso,
De fé, abnegação, amizade e amor!
Aleluia irmãos...
Confraternizemos em Jesus, nosso Salvador,
Com humanidade atingiremos o cume da paz,
Chegaremos ao apogeu da felicidade!
Aleluia, em Jesus Ressuscitado,
Aleluia, humanidade,
Aleluia, aleluia a todos de Boa-fé e Esperança.

José Carlos Moutinho
2012

Páscoa




Era uma época em que um homem
Fez o mundo acordar
Na esperança da salvação pela fé,
Pregando que o ser humano tinha obrigações,
Mas também os seus direitos,
Que lhes eram até então retirados!
E esse homem espalhou por terras pagãs,
A palavra de Deus e da bondade,
Foi denunciado pelos judeus, o seu próprio povo!
Herodes da Galileia e os romanos, assustados
Pela força da palavra daquele homem,
Mandaram prendê-lo, condenando-o
À cruz em terrível sacrifício!
E o seu horrendo crime,
Era o amor a solidariedade e partilha entre os homens!
Numa sexta-feira foi crucificado
E para maior humilhação,
Para com aquele, que no fundo, todos achavam ser diferente,
Colocaram-no em sacrifício juntamente com dois ladrões,
A imagem era de tristeza e dor!
Assim morreu em atroz sofrimento,
O filho de Deus,
O Salvador, de nome Jesus,
Que foi enterrado e com receio dos seus poderes,
Era vigiado pelos guardas tiranos!

Aleluia...Aleluia
Jesus Ressuscita!
Após cerca de dia e meio, ergue-se do seu túmulo!
Mostra ao mundo que se deixou sacrificar e ser morto,
Para exemplo de bondade que deve reinar entre todos
E para que a Fé nunca fosse uma palavra vã!
Jesus Cristo, Salvador,
Filho de Deus,
Aleluia, irmãos!

José Carlos Moutinho
2012

terça-feira, 3 de abril de 2012

Reflexões




É fim de tarde, que amolece
Com o sol que vai beijando o horizonte,
Onde o mar se funde com o céu!

Debruço-me sobre os meus pensamentos,
Que me invadem sorrateiros,
Trazendo momentos passados
E outros recentes, numa mistura,
Onde a ilusão se confunde com a realidade!

Utopias que se fazem quimeras,
Em catarse,
Numa serena paz de consciência!

Olho longe, sem nada ver,
As imagens apagam-se na opacidade,
Da minha vontade cansada,
Mas cujo reflexo do sol sobre o mar,
Me faz sentir as vibrações do meu sentir,
Que me pulsa inquieto,
Num desassossego de inconstância,
Em rebelde desejo de fuga de mim!

Reflito e calmamente aos acordes
Do murmurar do mar
Desperto-me da minha letargia
E sigo este meu destino incerto.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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