segunda-feira, 15 de maio de 2017
sábado, 13 de maio de 2017
De...poesia
A poesia é um mundo de sensibilidade, onde cabem todos os tipos de sentimentos.
Escrever de forma poética, não significa que tem de ser tudo cor de rosa, pode haver poesia no drama, no humor, na alegria e...no amor.
Creio ser um dom para quem faz dos seus suspiros de alma, jardins perfumados ou voos alienados inventar surrealismos ou fazer do seu sentir uma utopia.
Com a poesia pode-se fazer tudo que o autor deseje.
Escrever de forma poética, não significa que tem de ser tudo cor de rosa, pode haver poesia no drama, no humor, na alegria e...no amor.
Creio ser um dom para quem faz dos seus suspiros de alma, jardins perfumados ou voos alienados inventar surrealismos ou fazer do seu sentir uma utopia.
Com a poesia pode-se fazer tudo que o autor deseje.
sexta-feira, 12 de maio de 2017
quarta-feira, 26 de abril de 2017
Sonho esboçado
Percorreu
serenamente, caminhos
por entre folhas
das árvores do passado,
perfumou-se
com os encantos da natureza,
enriqueceu seus
sentimentos com paixões,
deslumbrou-se
com as dádivas da vida,
mergulhou em
águas de esperança,
e, navegou até
hoje,
num mar imenso
e calmo…
Agora, neste
tempo que o vigia,
continua seu
rumo com determinação,
e vai
construindo velas com a sua escrita,
no desejo de
continuar a navegar, à bolina,
desta feita,
impelido pelos ventos da realização
de um sonho
nascido tardiamente,
todavia,
esboçado na sua juventude.
José Carlos
Moutinho
segunda-feira, 24 de abril de 2017
25 de Abril do Século XX
Era um tempo
de escuridão,
os dias
vestiam-se de tristeza,
as noites
clamavam por liberdade
porque as
vozes eram estranguladas
por algozes
despidos de quaisquer sentimentos…
Era um tempo
sem futuro para tantos
que
sobreviviam com as migalhas de alguns,
o ar que se
respirava era acidificado pela opressão,
a
possibilidade de se chegar mais longe na educação
era
simplesmente castrada pelas dificuldade
de acesso às
poucas universidades existentes!
O trabalho
efectuado por menores era prática comum
pois com a
gloriosa 4ª classe do ensino básico
já se obtinha
o “alvará” para a labuta do ganha pão
que tanto
escasseava naquele país...
Depois...
Depois
aconteceu uma Revolução
que se coloriu
de vermelho, cor do sangue,
que felizmente
não foi derramado...
e também da
cor do cravo que simbolizou a Revolução!
Tudo
mudou...embora, inicialmente com entraves, que se contornaram.
Agora, vivemos
um tempo metamorfoseado pelo 25 de Abril de 1974.
José Carlos
Moutinho
24/4/17
terça-feira, 11 de abril de 2017
Para lá da janela
Fechei-me
nos meus silêncios,
guardei
dentro do meu peito
as
palavras vazias
sopradas
por ventos em desvario...
Aquieto-me
na solidão que me contempla
e
penso serenamente, sentado na nostalgia...
Olho
a paisagem que me espreita pela janela
e,
inesperadamente, invade-me uma melancolia
da
cor do tempo passado!
Olho
fixamente de olhos semi-cerrados
o
nada para lá da janela,
e,
imagino-me cavaleiro de fantasias,
cavalgando
pelas alegrias esquecidas…
agarro-as,
trago-as novamente a mim
e desperto
os meus silêncios
na
solidão que me sorri.
José Carlos Moutinho
sexta-feira, 7 de abril de 2017
Ai, o Poeta
Ai,
o poeta…
…pode
ser fingidor,
dizer
que sente o que realmente não sente,
pode
ser imaginativo, inventando fantasias,
pode
até criar dores, onde há alegria e sorrisos
dizer
que existe felicidade
num
campo de imensa tristeza!
O
poeta pode, com suas palavras, pintar rios
em
secos e inférteis campos,
sentir
o perfume da maresia
onde
o mar nunca existiu!
O
poeta é mentiroso ou sincero...
pois
o poeta é tudo isso e...nada,
pois
é somente um criador
que
ao deixar-se levar pelo sonho da poesia
permite-se
ser dono da sua verdade,
que
pode nem ser a verdade dos outros!
Ao
poeta é praticamente permitido tudo
desde
que use dignidade,
que
jamais ofenda ou provoque quem o lê,
porque
é para o leitor que ele escreve e respeita!
O
poeta poderá ter uma mente em desvario
ou
sentir a serenidade do bucolismo romântico,
ou
até ser um eterno apaixonado, sem paixão,
pode
também convictamente falar de amor,
sem
que haja alguém na sua vida
tem
todo o direito de ser positivo ou negativo
nos
pensamentos que transmite para o poema!
Ai,
ao poeta é-lhe admitido falar com nobreza
da
solidão e dos silêncios
e
estar rodeado por multidões,
dizer
da dor que lhe comprime o peito
e
sentir-se profundamente feliz!
E
tudo porque o poeta é…
mentiroso,
verdadeiro, fingidor?
Não!
Porque o poeta é…
simplesmente
Poeta.
José Carlos Moutinho
domingo, 2 de abril de 2017
Eu e o meu mar
Vou até ali
pertinho daqui
onde o mar me
espera,
quero beber
dele a serenidade,
aspirar-lhe o
perfume da eternidade
e passear o
meu olhar sobre o seu dorso…
Sei que ao
contemplá-lo,
sentado numa das
pedras da utopia
sentirei no
meu peito a frescura da imaginação,
que, de vez em
quando, se transforma em poema…
Nem me
preocupa se é um bom poema
ou um grito da
minha alma…
Nem sei
sequer, o que é um bom poema
ou até se
estes existem...
o que sei,
isso posso afirmar,
é que o mar me
seduz, me inspira
e escrevo
inebriado pelo seu encanto misterioso
que me leva em
devaneio até ao seu horizonte
onde ele se
abraça ao céu azulado…
Então, feliz,
fecho os olhos e navego…
Navego…
José Carlos
Moutinho
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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