domingo, 4 de novembro de 2018

Não sou o que inventas




Não sou o verso que inventas
sequer sou a metáfora que pintas,
serei verdade da qual te ausentas
quando elogias sem que o sintas

Jamais serei poema de escuridão
em cada estrofe minha existe sol,
poderei ser um soneto de emoção
porque faço da poesia o meu farol

Por muito que me escrevas ó vento
talvez não encontres a minha brisa,
ela é antiga companheira de alento
que se abriga na minha alma poetisa

José Carlos Moutinho

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Calma, ó vento



Porque corres tanto, ó vento
assim desse jeito desenfreado,
não penses ser dono do tempo
só porque andas descontrolado

Já senti outros ventos passageiros
que por mim corriam calmamente,
pareciam até brisas de tão ligeiros,
por isso, vê se passas docemente

Só tens direito a uma passagem
que o tempo dita num momento,
tal como uma simples miragem
que rapidamente te leva, ó vento

José Carlos Moutinho
2/11/18

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Um dia




Um dia...
sim, um dia tudo se findará,
e então deixarei de sentir
saudades e arrelias,
mágoas e alegrias,
beijos e abraços,

deixarei, também, de ver
sorrisos e poemas,
vaidade e humildade,
livros e pinturas,
a lua e o sol,

não mais terei o perfume
maresia do mar dos meus sonhos,
das flores do meu jardim de ilusões,
da brisa viajante de fantasias…

nem da fragrância do teu corpo!

José Carlos Moutinho
1/10/18

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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