Deixo minhas palavras
voarem livres
com as borboletas coloridas,
que vão pousando aqui e ali
colhendo o perfume floral
criando em cada fragrância um poema
com o mesmo rendilhado
das asas das borboletas...
e se o poema inventado
tiver somente cor,
é porque a brisa, ciosa
ancorou, carinhosamente, em si,
as palavras
que vestiam o poema…
deixando-me unicamente a cor
na harmonia serena
que há entre nós,
nascida das metáforas
que o tempo abraçou
e me ofereceu delicadamente
José Carlos Moutinho
17/6/19