quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A vida



Neste mar da tranquilidade
Alheio a tormentas de outros mares,
Quero ter a serenidade
Correr todos os lugares.


Um abraço, um sorriso sincero
Ver a beleza das cores,
Desta vida é o que eu quero
Sentir o perfume das flores.


Cantar,sentir do sol o calor
A vida pujante de alegria,
Amar o próximo, sem temor
Vivermos todos em harmonia.


Viver um dia em cada dia
Sem atropelos, mas com vigor,
Tudo é efémero, diz a profecia
Sejamos pródigos em amor.


J.C.Moutinho

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Tempo que voa

Passam por mim
Antes lentos, agora céleres
Os dias, os meses, os anos
É uma loucura
A velocidade temporal;

Jovem, ansiava por ser mais velho
Agora quero ser  mais jovem...
Contra senso paradoxal,
Descontentamento humano;

Os Invernos mais rigorosos,
Comentamos...

Será certamente,
Porque estamos mais conscientes...
Sentimos o frio
Da esperança de vida,
A aproximação do final
De nossos sonhos,
Nossas lutas,
Nossos encontros
E desencontros
Na vida...

Caminhamos para a eternidade.

J.C.Moutinho

Lirios do campo

Como os lirios do verde campo,
Tens a beleza encantadora,
De um sonho...
Sonho que me faz sentir-te.
As flores exalam teu perfume
E teu sorriso tem as suas cores;
O leve ondular ao vento
de suas pétalas...
Tal elegância de teu andar.
Recebo teu abraço.
Quando contemplo o campo extenso;
És a força do meu sentir,
A ilusão de meu pensar;
És uma mão cheia de tudo
E de nada....
És ausente,
Só o pensamento está  presente;
Tua alma distante,
Como nuvem vagabunda;
Só me resta olhar os lirios
Deste verde campo,
Imenso de saudade
e sonhar.

J.C.Moutinho

sábado, 4 de dezembro de 2010

Pânico

Espaços fechados,
Como casulos sem ar;
Multidão,
Aflição descontrolada ;
Formigueiro que vem,
Como uma brisa fria
Que arrepia;
Gelados suores que atormentam,
Postam-nos como seres sem vontade,
Sensação de morte iminente;
Mente transtornada,
Alma que se esvai,
Forças fraquejadas
Pela incapacidade de reagir;
Sufoca-se,
Boca que seca,
Numa angustia delirante,
Deixamos de existir...
Morte que espreita,
Sem conseguirmos ludibria-la;
Aterrorizador,
Indescritível,
Fobia do pânico
Ou pânico da fobia
Mal psíquico
Que felizmente,
Tem fim


J.C.Moutinho

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Cores da saudade

Num domingo tudo terminou;
O efémero fez-se presente
No tempo de teu amor.
Agora,pinto tua imagem
Na tela de minha memória,
Com as cores da mágoa,
Desilusão e saudade.
Na paleta da realidade,
Vejo como frágeis
Eram as tintas
De teu sentimento;
Bastou uma simples água
De discórdia,
Para tudo se apagar.
Foi uma ilusória pintura,
Com tons de falsidade,
Neste quadro de paixão.
Quiçá, um dia...
Uma suave brisa,
Traga noticias de outrora.

J.C.Moutinho

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Desalento

Caminha pela rua,
Calçada, de pedras frias
Como frios
São seus sentimentos.
Vai em busca do impossível,
Encontra o vazio da esperança.
Nada!
Desalento
Numa vida triste
Sem sentido.
Até o sol,
Lhe nega o brilho
De sua luz,
Neste dia pálido,
Mas continua,
Inexorável.
É envolvido por flores
Da alegria.
Sorri,
Sorriso tímido,
Descrente.
As folhas das árvores
Roçam-lhe o rosto,
Querendo estimulá-lo
Para a vida
Caminha...
Cansado, pára
Pensa,
Reflecte
E volta a ter fé
Para  continuar a lutar,
Pela felicidade.

J.C.Moutinho

Se eu fosse poeta

Se eu fosse poeta...
Escreveria nossa história de amor,
Com as estrelas do céu
Sobre a branca neve do encantamento.

Pediria à lua,
Para que seu manto te iluminasse,
Sempre que a noite chegasse,
Para eu te contemplar.

Se o inverno chegasse,
Ao sol eu exigiria,
Que seus raios te aquecessem.

Se eu fosse poeta...
exigiria às chuvas,
que abrissem caminho
Para que pudesses passar.

Ai, se eu fosse poeta...
Terias o mundo a teus pés,
Como uma rainha
Que és,
Do meu coração. 

Se eu fosse poeta...
Serias a minha fonte de inspiração! 

J.C.Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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