sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Aconteceu






Coisas na vida acontecem,
Sem que haja plausível explicação...
Muitas vezes, mais parecem
Partidas do nosso coração.

Conhecer-te, foi suave e curioso,
Vieste devagar, sorrindo, encantada...
Numa conversa de tom gostoso,
Mostraste-te uma pessoa educada.

Seria empatia, carinho, amizade,
Ou tudo numa simbiose perfeita...
O que digo em abono da verdade,
Tu para o meu mal, tens a receita...

És doçura, beleza, carinho,
Num misto de encantamento e sedução...
Quero sempre, ter-te bem pertinho,
Vamos juntos vivermos esta emoção.

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Tempo de alma gelada





O tempo está frio de alma gelada
chove lágrimas de saudade
que encharcam-me o ânimo
e deixam-me em nostalgia
pela lembrança daquele jardim de orquídeas
onde cresciam rosas também
juntamente com gardénias!

Recordo aquela rosa que eu colhi
do vermelho dos teus lábios,
com que adornei a tua bela orelha,
fazendo-te sevilhana de ar cigano
de tantos encantos e fascínios!

Quero sair deste torpor de memória,
retroceder neste tempo que me domina!

Quero reviver todos os belos momentos
que o outro tempo me usurpou,
sentar-me junto de ti,
naquele banco verde de esperança
e colher carícias das tuas mãos,
em pétalas de orquídeas,
com perfume de rosas
e fragrâncias de gardénias!

Deixar-me sonhar no teu ombro
este sonho que eu imagino, acordado!

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

DIREITOS DE AUTOR





A cada dia que passa mais abismado fico eu,
Gente que partilha poemas omitindo o autor,
O que será que a esta gente lhes deu,
Não saberão que é um roubo sem pudor.

Pior, o que várias pessoas me disseram,
Que tem gente que plagia o que se publica,
Devem certamente achar correto o que fizeram,
Terão por incapacidade e frustração, a sua desdita.

Ganhem vergonha, respeitem os autores,
Quem não tem capacidade para escrever,
Terão, acredito eu, para outros valores,
Usar nome do autor e não plagiar, é moral a ter.

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Anseios em devaneio





Nos teus lábios que tocavam os meus
Havia um calor de vulcão
O teu abraço que me apertava
Era como lava incandescente
Que me deslizava pelo corpo
Em total agitação
Nossos corpos fundiam-se
Na tremura do desejo
Minhas mãos ansiosas
Buscam os teus seios
dunas entumecidas
acariciando-as no devaneio da emoção
que me tolda o sentir da razão
vibramos ao doce toque
da polpa dos dedos
que como pétalas
percorrem os nossos corpos
em carícias navegantes pelas tuas coxas
Aportando ao cais do teu prazer
Onde mergulhamos em total êxtase
Num ritmado vaivém de louca tesão
Onde os nossos corpos
Se perdem no frenesi
Da excitação que nos leva ao clímax

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Delirios de paixão





Sorriem,
olhos nos olhos,
tocam-se,
anseiam-se,
entrelaçam-se,
corações galopantes
em corrupio de emoções,
mãos ansiosas que acariciam
a textura escaldante das coxas,
lábios que se roçam incandescentes!

Acoplam-se os corpos exaltados
em movimentos de vaivém
ao ritmo suave do sentir,
o sangue efervesce nas veias 
em exacerbada arritmia,
soltam-se sussurros guturais em doce resfolegar!

Elevam-se pela encosta da montanha,
em delirante excitação,
agora em ritmo desatinado,
bocas coladas num sôfrego beijo
de sufocante delírio,
agitam-se num estremecer incontido,
ultrapassam as escarpas do êxtase,
atingem o cume da montanha,
em relaxante e suado clímax,
Serenam!

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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