sábado, 11 de maio de 2013

Momentos de desalento



Faz dos pensamentos asas soltas
voando pelos céus dos suspiros
libertando as amarras da solidão,
gritando aos ventos a revolta
do sentir dorido
por um amor sofrido
de coração desalentado
latejando num peito cansado!

Quando nas alvoradas da esperança
os cristais resplandecentes do tímido sol
lhe acariciam a alma
sorri-lhe o ego
antes confuso pela insegurança!

Bastou um simples olhar,
um abraço e um beijo
para que seu coração explodisse
num incontido desejo de entrega
e os pensamentos desalentadores
se dissipassem
entre nuvens de paixão.

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Sei que tenho



Sinto-me folha seca esvoaçante
abraçado a murmúrios de desejos incontidos,
Suspiro com os sons misteriosos
que me sibilam!
Faço-me voar sem destino
sobre ilusões do meu querer,
Recuso as tardes da negação
percorro o infinito da perseverança,
Oscilo em desequilíbrio, tal mariposa,
desvio-me dos ramos da solidão em mim
Sorrio-me às árvores que me animam
nesta correria em busca de não sei o quê!

Paro, penso, reflito
sobre o que eu busco nesta viagem intemporal,
Será desânimo o que me aperta o peito
ou penso num querer que não quero,
Sei lá...
Sei que tenho
o que tenho de ter para dar a alguém,
paixão e amor.

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Partiste naquele entardecer



Foi naquele entardecer da minha angústia
que partiste, sem uma palavra,
ignoraste todos os nossos anseios,
Esqueceste os nossos sonhos
por viver...
Tantas vezes me prometeste
o que nunca cumpriste,
partiste de cabeça baixa
sem coragem para me olhares,
porque receavas afogares-te
nas minhas lágrimas de dor!
Foste cobarde
no sofrimento que me infligiste,
Entreguei-me a ti
fui teu de corpo e alma
e tu nunca foste minha!

Sei que depois de ti
o meu coração fraquejará,
nas alvoradas da minha tristeza,
A dor será a minha companheira
pelas noites silenciosas da minha saudade!
Fica-me a certeza de que tu
perderás muito mais do que eu,
Roubaste o que eu tenho de mais precioso,
a minha vida,
E eu, somente perdi
alguém sem o sentir do amor.

 José Carlos Moutinho

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Hoje



Hoje...porquê hoje,
não sei!
Só sei que me apetece gritar bem alto
palavras de amor, em forma de pétalas,
levadas pelo vento dos meus sorrisos,
por caminhos a descobrir
Talvez encontrem a musa dos meus sonhos
inebriada pelo perfume das pétalas
que do meu coração se fizeram palavras!

Hoje...porquê hoje,
não sei!
Só sei que a minha alma canta alegria
na ansia de encontrar a minha amada,
Elevo o pensamento pelo infinito do meu sentir,
ouço murmúrios suaves em aromas de maresia
voz doce, quente e melodiosa,
talvez de sereia ou da musa que me inspira,
Deleito-me acariciado pela ilusão
da imagem de mulher ou talvez sereia
que me envia o seu amor, pelo mar
abraçado a cristais do sol,
que beija as águas do meu desejo!

E hoje... não sei porquê hoje!
Só sei que as saudades da minha amada
apertam-me tanto o coração,
que me fazem viajar por quimeras
em metáforas de paixão.

 José Carlos Moutinho

domingo, 5 de maio de 2013

Mãe, querida mãe





Mãe, minha querida mãe
sorrio-me na memória de ti
dos teus olhos meigos
e sorriso triste,
Rosto de rugas cansadas,
corpo vestido de preto
em luto eterno de uma vida viúva
sofrida pelas dificuldades parceiras
do viver em duro caminhar!

Ah...minha querida mãe,
As saudades apertam-se-me no coração
acentuadas pelos anos que correm velozes,
Recordo a tua figura linda e dócil
acarinhada por gente amiga
que te abraçava e respeitava
pela tua dignidade e postura de pai e mãe,
Tantas vezes suprimiste o pão da tua boca
para que o teu filho fosse alimentado!

Mãe, minha saudosa mãe,
escasseavam-te os abraços
compensados em calados carinhos
Davas a tua vida pelo teu filho
com o teu amor discreto
pela timidez do teu sentir silencioso!

Vamos encontrar-nos minha mãe
minha velhota doce e querida,
Quero dar-te e receber os abraços e afagos
escusados nesta vida terrena!

Até um dia minha mãe,
guarda-me no paraíso
um lugar pertinho de ti.

José Carlos Moutinho


quinta-feira, 2 de maio de 2013

Emoções



Podes simplesmente dizer
que te cansaste de mim
aceitarei a tua fraqueza

Nas noites quentes de enfado,
poderás confessar-te cansada
das tuas emoções

Eu estarei aqui à tua espera,
quando te cansares de te ausentar
do caminho da felicidade...

Ignoras os momentos de luar
quando corações extasiados
batiam impetuosos
dentro dos corpos colados

Procura o sossego do teu sentir
que agora se desatina,
encontrarás a acalmia
nos braços de quem te ama.


 José Carlos Moutinho

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O Amor



É sentir na pele o ardor da paixão,
Arrepios que estremecem o corpo,
Fogo que arde silencioso
Calores galopantes, invadem o sentir
Suores de volúpia
No toque da pele, por dedos sedosos
Respirar ofegante
Que descontrola e desatina,
É voar em voos rasantes
Sem forças para se erguer
É dor de tanto querer
que muito faz sofrer!
É um choro calado na alma
Por mágoa silenciosa,
Um acutilar do coração pela indiferença
Humilhar pelo desprezo!
Ai, ai amor, doce luar do sentimento,
Mar encrespado de tanto sofrimento,
Palavra bela de quatro singelas letras
Que sorri de alegria e chora de amargura,
Acaricia docemente e flagela indiferente,
Beija com êxtase e perversamente ultraja,
Murmura palavras feiticeiras e grita ofensas!
Apego estranho este
De imensos contrastes,
Que todos desejam sentir,
Tanta enleva ao infinito da exaltação
Como destrói implacavelmente
Amor, amor... És fascínio e paixão
Dor na alma, ferida no coração

 José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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