sexta-feira, 12 de julho de 2013

Gostaria ser poeta



Ah...como eu gostaria que as palavras
voassem da minha alma
com asas de mariposa
e ondulassem por aí, sem rumo,
ao sabor do vento da poesia,
Que cada verso tivesse a magia da metáfora
que se fizesse ilusão nas quimeras inventadas
e as pessoas viajassem pela fantasia
ao beijarem essas minhas palavras!

Ah...como eu gostaria ser a eternidade
do meu sentir
na viagem pelos tempos das utopias
metamorfoseadas em sonhos realizados,
ser recordado pela minha vontade
em fazer das palavras, simples poesia!

Ah...como eu gostaria
de me sentir poeta
pela força que os versos me concedem
mas eu simplesmente fracasso
perante a doce beleza da poesia
que se recusa a deixar-me criar!

Sinto-me humildemente rendido
à minha frágil capacidade criadora,
escrevo porque sou teimoso e atrevido,
não passo de uma alma sonhadora.

 José Carlos Moutinho

Geografia emocional



Havia um tempo em que as consciências tinham a consciência da sinceridade e honestidade.
Todavia, com a voracidade deste viver perturbado e indiferente a sentimentalismos, verificamos que os valores se perdem na mesquinhez de muitos, em detrimento da moral e da dignidade.
São emoções, sem emoção o que acontece no dia-a-dia.
Correm para o desconhecido da ambição, como loucos; Quando pensam que lá chegaram, constatam que afinal se perderam neles próprios.
Pereceu a solidariedade nas pessoas, diria mesmo que deixaram de ser humanos, perante a indiferença e alheamento dos que os cercam.
Talvez sejam desvios geográficos nas mentes moribundas de emoções.

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Quem sou eu?



Vagueio-me por nuvens de pensamentos
em busca de algo que ignoro.
Perco-me na obscuridade das galáxias
e deparo-me com a minha insignificância
como ser neste espaço geográfico de mim!

Assusta-me pensar-me nada,
perante a grandeza do universo.
Sou átomo vazio de mim.
Sou alma, que me habita e que desconheço!

Acometem-me desejos vindos de espaços ou células,
da mente ou do cérebro
e tudo é estranho para mim,
neste mundo estranho!

Após a minha viagem interplanetária,
aterro-me neste solo que me sustenta o peso
que eu dificilmente controlo,
Interrogo-me, perturbado:
Quem sou eu?

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Sonho ou miragem




Ah...como eu desejaria
que os meus sonhos fossem aves
que levassem pelos céus das ilusões,
as minhas mais prementes emoções
e que nesse esvoaçar de sentimentos,
eu sentisse os murmúrios melódicos das estrelas
e com a carícia da brisa,
se tornassem realidade!

Nesta visão quimérica,
observo deliciado as cores da paixão
aconchegadas nas flores
oscilantes de vida perfumada,
onde vejo o verde da minha esperança
no amor que se solta,
entre papoilas vermelhas
de pura sensualidade!

Tudo me sorri à minha volta
Não sei se será sonho ou miragem,
só sei que o meu coração lateja
numa doçura que me embala
em crer que existe o amor
e que nele está a felicidade.

 José Carlos Moutinho

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Se eu fosse poeta



Se eu fosse poeta...
...Gostaria dizer ao mundo
quão importante és tu para mim...
Gostaria fazer uma canção de belas palavras
que fizessem emocionar as estrelas,
fazer versos onde eu exaltasse a minha paixão
e soltá-los ao vento,
que atravessassem oceanos e mares
e dissessem ao incrédulos
que o amor existe e está em nós!

José Carlos Moutinho

terça-feira, 2 de julho de 2013

Sussurro da minha alma



Ah...como eu gostaria dizer-te
em palavras inventadas,
que o meu coração vibra
só ao olhar o teu sorriso fascinante..
Mas falta-me inspiração
e as palavras doces ruborizam-se
de tanta paixão e volúpia...
Fico-me pelo silêncio
que só tu sabes ouvir
porque é o sussurro da minha alma
em devaneios pelo amor em nós

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Pensamentos no silêncio



No silêncio que me murmura palavras silenciosas,
levo-me pelos pensamentos calados
em colorido viajar
pelas emoções contidas na saudade
aconchegada no meu peito!

Suspiro no enlevo dos momentos vividos
em luares de maresias,
sobre areias iluminadas pelas estrelas
e beijadas pelas alvas ondas
do melódico mar
que nos cantava canções de amor!

Aquieto-me no meu sentir nostálgico,
absorvo nas metáforas do meu querer
as visões, que me mitiguem a melancolia!

Sinto-me invadido pela sensação
de mãos que afagam o meu pensar,
será a brisa que me visita ou a imaginação
de querê-la ao meu lado, para me abraçar!

A minha alma sorri-me com emoção
em devaneios escaldantes de amor
que desliza em lava ardente do meu coração
e funde nossos corpos pelo fogo abrasador!

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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