sábado, 31 de agosto de 2013

Amor é...


...Como o desabrochar de orquídeas
O seu sorriso, que transcende em brilho,
Os seus lábios são pétalas rosadas,
Que me perfumam a alma!
Da sua voz, soltam-se em melodia
As doces palavras que me fazem sorrir o coração!

Ah...como é bom sentir no seu aconchego em mim
O calor que inunda de prazer o meu corpo,
Os seus braços envoltos em mim,
São caricias que me estremecem
No meu mais profundo sentir!
Da sua linda boca, de lábios carnudos,
Solta-se o néctar que me inebria
E me faz brisa na minha levitação
Por céus de enlevo!

Será deusa, quimera, princesa, rainha,
Talvez flor, em forma de mulher,
Perco-me no delírio das minhas emoções,
Quando nossos corpos se fundem
Num frenesim de ternura, prazer e loucura,
O encanto das metáforas que a acariciavam,
Tornam-se simplesmente em doce paixão,
Na total entrega de um amor
Único, profundo e inigualável.

 José Carlos Moutinho

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

QUANDO FUI CHAMADO DE POETA






   Quando editei o meu primeiro livro, foi como um sonho nunca imaginado.
De repente, despertei desse sonho, que nunca existiu e que me lançou num mundo real, jamais pensado e estranho para mim.
No dia do lançamento, rodeado por umas boas dezenas de amigos reais e virtuais, vivi momentos de euforia, e porque não dizer, de muito orgulho e uma pontinha de vaidade.
Afinal editara um livro. EU TINHA UM LIVRO, COM O MEU NOME. Já me chamavam poeta.
Poeta, coisa bonita...Eu era poeta!
Pobre de mim, que embora tivesse começado muito jovem, a escrevinhar umas coisitas, às quais alguns amigos chamavam de poemas, mas que eu duvidava, pois, para mim, o que me diziam, era como elogio de amigos, para me entusiasmarem a não desistir. Sem que contudo, aqueles “poemas” tivessem na verdade, algum valor poético. Assim pensava eu!
Passaram-se dezenas de anos, e, para meu próprio espanto, recomecei a escrevinhar, por “carolice” e como resposta a uma amiga que gostava de fazer os seus versos em quadras rimadas, ao que eu respondia do mesmo modo.
Assim começou a minha aventura “literária”.
Audaz e ousado e a conselho de amigos, fui colocando os meus ”poemas”, no famoso Facebook, o maior veículo de comunicação virtual e interactivo que conheço.
Após algum tempo e já com vários “poemas” colocados no dito site, fui aconselhado a editar um livro.
Pensei, para mim, esta gente não está bem da cabeça. Eu, editar um livro?
Será que alguém me edita um livro, afinal quem sou eu, o que escrevo será meritório de um livro?   
Corajosamente, e admito que o fiz pela força que me foi dada por vários amigos, entre os quais destaco 4 pessoas, que obviamente não mencionarei os seus nomes, para evitar ferir sensibilidades, enviei um “monte” de poemas, para 4 editoras, que me responderam. Como para mim todas eram desconhecidas, optei pela primeira a responder-me anuindo à publicação, e, em boa hora o fiz, porque era (é) uma editora que prima pela qualidade do livro.
Isto foi em Fevereiro de 2011. O meu primeiro livro a que chamei de “Cais da Alma” vendeu mais de um milhar e meio. O sonho tornava-se uma realidade.
Após este primeiro livro e, porque o “bichinho” da escrita, tomara conta da minha inspiração, continuei a escrever. Passado o sonho, ficava a realidade do meu desejo em evoluir, melhorar a qualidade dos tais “poemas” (eu ainda resisto em assim chamá-los, dizem que por falsa modéstia, mas acreditem que não é) e editei mais 3 livros, totalizando agora, 4 livros, sendo 3 de poesia e 1 de prosa. Tudo isto, no espaço que mediou entre Fevereiro de 2011 a Março de 2013.
Confesso-me satisfeito, direi mesmo feliz, por entrar por um caminho que eu pensava só ser possível aos intelectuais, aos grandes literatos.
Admito que o caminho não é fácil, encontram-se muitos escombros, que nos tornam atletas a saltar obstáculos. Mas uma coisa muito simples, aprendi: Quando se entra numa competição, não ganha o mais arrogante, nem o mais presunçoso, mas sim o que tiver a humildade de competir, mesmo achando-se insignificante ou inferior.
Todavia, mesmo com esse pensamento positivo, muitas vezes me deixo levar pelo desânimo e interrogo-me se vale a pena continuar!
Neste mundo de preconceitos e desequilíbrios, os desconhecidos, como eu, ainda encontram imensas dificuldades.
Mas como, ao longo da minha vida, sempre tive como princípio, nunca desistir de uma competição, depressa expulso de mim, o desânimo e, certamente em breve, sairá mais um livro de prosa.
O meu grande obrigado a todos que me leem. Um Obrigado muito especial aos que têm os meus livros. Creio que a maior felicidade para quem escreve, é saber que os seus livros estão nas mãos dos leitores.
Bem Hajam, amigos e meus leitores. Sem vós, nem sequer poderia fazer este texto.

José Carlos Moutinho
8/2013

Amar



Quando se ama tudo se transforma,
na mente do apaixonado(a) tudo é belo,
mesmo que julguem fora de norma,
o mais importante é o sentir singelo.

Por mim, eu penso e digo sem me cansar,
que viver e sentir um verdadeiro amor,
é como voar em emoções sem parar
pelas caricias da volúpia em doce torpor.

Aos que, amor nunca sentiram, de verdade,
não sabem como é o encanto da vida,
amar é ser brisa, que abraça a felicidade,
é ser onda no mar da paixão incontida.

Falar de amor é sentir o fogo do vulcão,
que invade o mais profundo do nosso ser,
é ignorar o fútil e soltar a alma e o coração
sorrir sem razão, cantar, é o sublime viver.

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Aquela mulher, o meu amor



Sento-me nas escadas do meu pensamento
e deixo-me levar pelos caminhos do além,
recordo momentos que ficaram cá dentro
do meu peito, na saudade deixada por alguém!

São boas lembranças que invadem minh’ alma,,
gostaria de a ter em meus braços novamente,
tudo faz parte do passado, que não acalma
minha dor, neste tortuoso sofrimento!

Quisera que o tempo parasse totalmente
e me devolvesse aquela mulher amada...
Serão ilusões que me passam pela mente!

Oh...Deus dos amores faz esquecer esta dor,
que me deixa a alma assim tão castigada,
traz de volta aquela mulher, peço por favor!

José Carlos Moutinho

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Dança



A menina dança?
Era no tempo do cavalheirismo,
quando o homem se dirigia à dama,
para a convidar a dançar;
Tudo com muito respeito,
sempre na expectativa do olhar da menina,
a condescender na dança que vinha!
belos tempos,
que os jovens de hoje nem imaginam!
Agora é correria em loucos atropelos,
Música estridente,
Sem a beleza do compasso do bolero!

Quero o tempo
em que tomava a menina nos braços
e a levava enlevado pelo salão,
orgulhoso do meu mérito,
de ter uma linda jovem junto do meu peito;
Hoje, nem se tocam
e se isso acontece é em colisão quase fatal!
Dança de encantar, na valsa que nos embalava,
no slow, que nos fazia deslizar na pista do amor,
e na graciosidade mais acelerada do rock
ou até no calor do merengue...
Saudades do tango,
que nos fazia rodopiar airosamente
A menina dança?

 José Carlos Moutinho

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Ilusão


Quantas vezes, por estes caminhos da vida
encontramos veredas e escombros,
quando somos levados na ilusão sentida,
doce prazer de sermos levados em ombros.

Sempre me deixei embalar pelo coração,
tive momentos tristes, outros de felicidade,
em todos eles depositei grande ilusão,
porque sempre acreditei na sinceridade.

O tempo passa, morrem as horas nos dias,
as emoções vão esmorecendo nas noites,
as nossas almas perdem-se em utopias,
onde a paixão e a ilusão são como açoites.

José Carlos Moutinho
2012

domingo, 25 de agosto de 2013

Garota dos meus encantos



Garota, mulher da minha vida,
Tu ao apareceres no meu caminho,
Transformaste-me por completo,
Deixei de ser solitário triste
E acabrunhado no meu cantinho de tristeza,
Para me transformar num ser iluminado
Pelo brilho dos teus lindos olhos verdes
Que me encantam e abençoam,
É no teu sorriso que me deixo enlevar
Pelo prazer que inunda de paixão o meu coração!

Ai, garota dos meus encantos
Este amor que me transborda o coração
E me inunda alma, penetra tão fundo em mim,
Que tu te transformaste na minha essência!

Viver sem ti, seria como naufragar
Num mar de desilusões e amarguras,
É da tua felicidade, que sobrevive a minha
Na tua alegria está o meu desejo de viver,
Nos dias cinzentos da tua tristeza,
Apaga-se o sol com o meu sofrimento!

Amo-te tão profundamente,
Que só de imaginar perder-te,
Feneço, lenta e antecipadamente!

 José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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