terça-feira, 17 de setembro de 2013
Paixão em desvario
Os dias sempre iguais,
Desfaleciam tristes nos ocasos da vida,
Numa monotonia de desalento da alma!
O sol tinha a opacidade da sua tristeza,
O luar, mortiço, esmorecia o seu sentir,
Navegava em suplício por águas turvas,
Submergindo nas profundas dores do seu viver!
Mas...Um dia...
Tudo mudou, quando ela surgiu,
Numa simbiose de esplendor e simplicidade
E a sua alma antes desalentada, alegrou-se,
O sorriso dela era como o sol no seu apogeu,
Dos seus belos olhos esverdeados, fez-se luar
O coração dele, antes esmorecido, vibrava de emoção
Emergiu das profundezas do desencanto,
Toda a sua amorfa essência, resplandecia!
Ela sorriu-lhe, ele sorriu-lhe
Por encanto, ou capricho do destino,
Na celeridade do tempo, nascia uma paixão intensa
Lava incandescente do vulcão do amor!
A cada dia mais forte e delirante
Era essa louca e deliciosa paixão,
Que os levava por céus de volúpia,
Em constantes voos de prazer
Nas asas de excitante êxtase!
Sôfregos de desejo,
Entregavam-se em amplexos de desvario,
Beijos delirantes longos,
De onde brotava doce néctar
No impetuoso conflito de línguas!
Seios hirtos, ansiosos, excitados,
Cediam à pressão do peito do amante,
Que avassalador apertava a sua amada...
...E a cópula consomou-se, em delirante prazer,
Onde os sentidos se perderam nas emoções
De uma sublime e louca paixão.
José Carlos Moutinho
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Serei eu poeta?
Sem querer ser piegas mas sincero,
quando tanta poesia leio por aí,
confesso, se ser poeta eu quero,
mas insisto, vou ficando por aqui.
Tento fazer belos e doces versos,
que me deixem feliz no seu inventar,
instantes que vou deixando dispersos,
quando minh’alma se decide a cantar.
Não desistirei, irei sempre em frente,
mesmo com resultado negativo,
mostrarei ao mundo que sou persistente!
Se na poesia eu não for convincente,
tentarei na prosa ser mais ativo,
mas jamais serei alguém desistente!
José Carlos Moutinho.
sábado, 14 de setembro de 2013
Secou a fonte
Secou a fonte!
Aquela fonte de onde brotavam palavras
Que se faziam doces, em voz de poesia,
Que exaltavam o amor,
Cantavam melodias de paixão
E murmuravam suspiros de felicidade!
Secou a fonte!
E do leito, por onde corriam as palavras cristalinas,
Restaram pedras esmeriladas,
Luzidias, pelo doce deslizar da poesia!
Tento agarrá-las
Na vã esperança de que acordem
Da letargia ressequida a que se entregaram,
Gostaria de ter o poder de voltar a regá-las
Com o sentir da minha inspiração,
Que brotava docemente daquela fonte, minha musa,
Mas o tempo injusto ignorou a minha emoção
Quando implorei que voltasse a libertar
Serenamente, as minhas palavras em águas finas,
Que corressem e acariciassem aquelas pedras
Agora silenciosas e gastas pela ausência
Da amada, que tal Cinderela
Ou talvez enfeitiçada,
Deixou-me somente a tristeza da saudade.
José Carlos Moutinho.
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Corpos amantes
Aquele quarto de paredes caladas,
Sombreadas pelos raios lunares
Infiltrados através da janela entreaberta
Testemunhavam as carícias,
Os abraços, os beijos
E os murmúrios lânguidos de prazer
Que se soltavam das bocas daqueles dois corpos,
Em reboliço de absoluto enlevo,
Sobre os lençóis alvos da cama,
Campo de lasciva batalha,
Alheios a tudo para além deles próprios,
Rolavam numa volúpia incontida,
Entre gemidos, sorrisos e olhares de ternura,
Sensações que afloravam os poros,
Desatinavam os pensamentos
Perdidos na loucura de doces emoções,
As bocas colavam-se num beijo suculento e interminável
Néctares sugados por línguas sedentas,
Os corpos vibravam numa excitação delirante,
Seios entumecidos,
Braços que se agitavam em abraços ardentes
Afagavam-se mutuamente,
As mãos dele deslizavam como seda
Pelo colo delicado da sua fêmea,
A mulher que se entregava de corpo e alma
Numa paixão plena de amor,
Ela beijava-o numa ânsia incandescente,
Descia a sua língua pelo corpo fogoso do seu macho
Em massagem de indescritível deleite,
O calor do desejo transformava-se em vulcão,
Agitavam-se descontrolados e insaciáveis
Aqueles corpos amantes,
Ela gemia meigamente...
Os órgãos excitados acoplaram-se,
Movimentos arrítmicos, suores partilhados,
Voz feminina que murmurava docemente
Ai, amor, ai amor...
Ele deixava-se navegar naquela onda
E juntos na paixão que os dominava
E pelo amor profundo que partilhavam,
Em total êxtase, atingiram o clímax,
Perfumados pela maresia orgástica,
Cansados, mas plenamente saciados, física e mental
Abençoados pela luz do farol de suas vidas.
José Carlos Moutinho
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
Sonhos das estrelas
Cantam as estrelas felizes,
ao luar,
poemas dos encantos belos da
vida,
de saudades das noites de
embalar,
em especial aquela noite
vivida.
No firmamento a festa é celestial,
sussurram alegres todos
cometas,
a festa entrou num ritmo de
festival,
aqui na terra dançam
borboletas.
Canta de felicidade o globo,
que se transmuta em partilha
com amor,
onde se tem orgulho em
ser-se probo
Será que tudo não passa de
ilusão
continua a frieza do desamor,
vivendo no egoísmo sem
coração...
José Carlos Moutinho
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Que seja so hoje...
Hoje apetece-me rasgar estas nuvens
Que me envolvem numa solidão de tristeza,
Libertar-me do cinzento que me ofusca,
E sair por aí, numa louca e interminável corrida,
Por caminhos onde eu me perca
Na ilusão de que a vida me sorri!
Hoje apetece-me ignorar tudo o que me cerca,
Caminhar sobre as águas de um mar
Verde de esperança,
Pular sobre ondas de gargalhadas
Até a um porto de abrigo
Que me acolhesse com serenidade!
Hoje, simplesmente apetece-me,
Gritar aos ventos que leve a minha dor
Para longínquos esquecimentos,
Que me traga na brisa suave,
Afago para a minha sofrida alma!
Apetece-me, hoje e quiçá, amanhã e depois,
Que meu coração deixe de sentir saudades
Que o tortura impiedosamente,
Pela distância que se afasta mais e mais
Do seu querer e sentir,
Com desesperança traçada por cruel destino!
Hoje, que seja só hoje...
Apetece-me pensar
Que tudo não passou de sonho,
Feito pesadelo
E que o amanhã me sorrirá
Pleno de felicidade.
José Carlos Moutinho
domingo, 8 de setembro de 2013
Ilusões
Caminhava eu por caminhos estranhos,
buscando felicidade ou quimera,
mesmo encontrando escombros tamanhos,
acabei por entrar pela estratosfera.
Vou na ilusão do meu querer e sentir,
espero que algo assim aconteça,
não quero ficar aqui a carpir dores,
bastam as complicações na cabeça.
Acredito que Universo conspira
a meu favor, na minha triste vida...
Porque já nem a minha alma suspira,
Por esta minha caminhada sem fim,
levo-me nesta vontade que castiga,
a fé diz, que encontrarei o meu jardim!
José Carlos Moutinho
sábado, 7 de setembro de 2013
Amarei até...
As horas diluem-se
rapidamente nos dias
Que se esmorecem nos meses
cansados
Por anos e anos de alegrias
e tristezas!
É um carrossel de vales e
montanhas,
Paixões e amores que vêm e vão,
Sensações de felicidade
tamanhas,
Dissabores e dores de triste
ilusão!
Amar é sentir um vibrar
desatinado
Que nos estremece com
simples olhar,
Talvez devaneio de coração
obstinado
Sem tempo nem idade para divagar!
Sou um eterno e indócil
apaixonado,
O amor está em mim, como
estou na vida,
Amarei até que meu coração
pare de bater,
Existe em mim o fogo de
paixão incontida
Em profundo amor que comigo
irá morrer!
Ah...Se este meu tempo recuasse
no tempo,
Os meus dias se transformassem
em meses,
E a doce felicidade contida
neste sentimento
Se eternizasse em nós, com
amor sem reveses.
José Carlos Moutinho
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Sobrevivência nas ruas
São negras ruas de asfalto da vida,
percorridas por pés descalços sofridos,
os pregões de voz cansada e dorida,
no desejo de vender os seus artigos.
Deambulam em perigo, entre carros,
duras corridas pela sobrevivência,
canetas, isqueiros, roupas e cigarros,
difícil vida desta adolescência.
De manhã à noite é a perseverança,
pelo sustento da casa miserável,
ânsia de tornar fome em abastança!
Irmãos menores, órfãos, rotos e sujos,
sofredores deste mundo execrável,
vitimas inocentes de tantos abusos!
José Carlos Moutinho
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Desilusão
Penetra por entre as frinchas do meu coração
A brisa da tarde ensolarada,
Que se aconchega no meu querer amar,
Mas onde o gelo da indiferença
Do coração daquela mulher
Derrete rapidamente todo o calor
Que se faz anseio, do meu sentir!
É como se o mar do meu amor,
Quente e perfumado pela maresia,
Fosse invadido por um iceberg
Que congelasse toda a minha paixão!
Tenta o meu pobre coração exangue,
Vigorosa e positivamente reagir
Aos ataques gélidos daquela brisa insistente
Por tanta dureza, mas debalde!
Fazem-se lágrimas sofridas,
O borbulhar da vida,
Que antes fervilhava de esperança
De que ela me amasse!
A dor contrai-se-me no peito dorido,
Pela desilusão que o seu belo sorriso,
E o brilho dos seus olhos verdes
Me fizeram acreditar,
Na ingénua simplicidade
Da minha essência.
José Carlos Moutinho
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Quadras populares
Dizem que fazer versos populares,
é coisa de somenos importância,
porém, com eles se fazem belos cantares,
onde a poesia tem retumbância.
Confesso-me pouco admirador
destas quadras, que se fazem melodias,
admito que não tenho nada em desfavor,
mas prefiro um outro tipo de poesias.
Tento fazer sonetos, é mais complicado,
pois, respeitar métricas e fonéticas,
é um problema que me deixa arreliado,
assim, faço estrofes sem estéticas.
Mas porque o popular é bonito, é de todos,
atrevi-me a fazer estas quatro estrofes,
à maneira simples dos antigos visigodos,
ainda que o coração me saia pelos bofes.
José Carlos Moutinho
domingo, 1 de setembro de 2013
As mãos
As mãos deslizam sobre o papel,
Inventando palavras de amor,
Das mãos, surge arte com o cinzel,
São como afagos feitos com ardor.
Mãos afagam delicadas flores,
São carinhosas ou agressivas,
Seguram nos abraços os amores,
São rugosas as mãos e sofridas.
Podem as mãos calar uma vida
Na inconsciente perda da razão
Mãos comovem-se na despedida,
Poemas que das mãos são palavras
Quando ditadas pelo coração...
As mãos, essas amigas caladas!
José Carlos Moutinho
sábado, 31 de agosto de 2013
Amor é...
...Como o desabrochar de orquídeas
O seu sorriso, que transcende em brilho,
Os seus lábios são pétalas rosadas,
Que me perfumam a alma!
Da sua voz, soltam-se em melodia
As doces palavras que me fazem sorrir o coração!
Ah...como é bom sentir no seu aconchego em mim
O calor que inunda de prazer o meu corpo,
Os seus braços envoltos em mim,
São caricias que me estremecem
No meu mais profundo sentir!
Da sua linda boca, de lábios carnudos,
Solta-se o néctar que me inebria
E me faz brisa na minha levitação
Por céus de enlevo!
Será deusa, quimera, princesa, rainha,
Talvez flor, em forma de mulher,
Perco-me no delírio das minhas emoções,
Quando nossos corpos se fundem
Num frenesim de ternura, prazer e loucura,
O encanto das metáforas que a acariciavam,
Tornam-se simplesmente em doce paixão,
Na total entrega de um amor
Único, profundo e inigualável.
José Carlos Moutinho
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
QUANDO FUI CHAMADO DE POETA
Quando editei o meu primeiro
livro, foi como um sonho nunca imaginado.
De repente, despertei desse
sonho, que nunca existiu e que me lançou num mundo real, jamais pensado e
estranho para mim.
No dia do lançamento, rodeado
por umas boas dezenas de amigos reais e virtuais, vivi momentos de euforia, e
porque não dizer, de muito orgulho e uma pontinha de vaidade.
Afinal editara um livro. EU
TINHA UM LIVRO, COM O MEU NOME. Já me chamavam poeta.
Poeta, coisa bonita...Eu era
poeta!
Pobre de mim, que embora
tivesse começado muito jovem, a escrevinhar umas coisitas, às quais alguns
amigos chamavam de poemas, mas que eu duvidava, pois, para mim, o que me
diziam, era como elogio de amigos, para me entusiasmarem a não desistir. Sem
que contudo, aqueles “poemas” tivessem na verdade, algum valor poético. Assim
pensava eu!
Passaram-se dezenas de anos,
e, para meu próprio espanto, recomecei a escrevinhar, por “carolice” e como
resposta a uma amiga que gostava de fazer os seus versos em quadras rimadas, ao
que eu respondia do mesmo modo.
Assim começou a minha
aventura “literária”.
Audaz e ousado e a conselho
de amigos, fui colocando os meus ”poemas”, no famoso Facebook, o maior veículo
de comunicação virtual e interactivo que conheço.
Após algum tempo e já com
vários “poemas” colocados no dito site, fui aconselhado a editar um livro.
Pensei, para mim, esta gente
não está bem da cabeça. Eu, editar um livro?
Será que alguém me edita um
livro, afinal quem sou eu, o que escrevo será meritório de um livro?
Corajosamente, e admito que
o fiz pela força que me foi dada por vários amigos, entre os quais destaco 4
pessoas, que obviamente não mencionarei os seus nomes, para evitar ferir
sensibilidades, enviei um “monte” de poemas, para 4 editoras, que me
responderam. Como para mim todas eram desconhecidas, optei pela primeira a
responder-me anuindo à publicação, e, em boa hora o fiz, porque era (é) uma
editora que prima pela qualidade do livro.
Isto foi em Fevereiro de
2011. O meu primeiro livro a que chamei de “Cais da Alma” vendeu mais de um
milhar e meio. O sonho tornava-se uma realidade.
Após este primeiro livro e,
porque o “bichinho” da escrita, tomara conta da minha inspiração, continuei a
escrever. Passado o sonho, ficava a realidade do meu desejo em evoluir,
melhorar a qualidade dos tais “poemas” (eu ainda resisto em assim chamá-los,
dizem que por falsa modéstia, mas acreditem que não é) e editei mais 3 livros, totalizando
agora, 4 livros, sendo 3 de poesia e 1 de prosa. Tudo isto, no espaço que mediou
entre Fevereiro de 2011 a Março de 2013.
Confesso-me satisfeito,
direi mesmo feliz, por entrar por um caminho que eu pensava só ser possível aos
intelectuais, aos grandes literatos.
Admito que o caminho não é
fácil, encontram-se muitos escombros, que nos tornam atletas a saltar
obstáculos. Mas uma coisa muito simples, aprendi: Quando se entra numa
competição, não ganha o mais arrogante, nem o mais presunçoso, mas sim o que
tiver a humildade de competir, mesmo achando-se insignificante ou inferior.
Todavia, mesmo com esse
pensamento positivo, muitas vezes me deixo levar pelo desânimo e interrogo-me
se vale a pena continuar!
Neste mundo de preconceitos
e desequilíbrios, os desconhecidos, como eu, ainda encontram imensas
dificuldades.
Mas como, ao longo da minha
vida, sempre tive como princípio, nunca desistir de uma competição, depressa
expulso de mim, o desânimo e, certamente em breve, sairá mais um livro de
prosa.
O meu grande obrigado a
todos que me leem. Um Obrigado muito especial aos que têm os meus livros. Creio
que a maior felicidade para quem escreve, é saber que os seus livros estão nas
mãos dos leitores.
Bem Hajam, amigos e meus
leitores. Sem vós, nem sequer poderia fazer este texto.
José Carlos Moutinho
8/2013
Amar
Quando se ama tudo se transforma,
na mente do apaixonado(a) tudo é belo,
mesmo que julguem fora de norma,
o mais importante é o sentir singelo.
Por mim, eu penso e digo sem me cansar,
que viver e sentir um verdadeiro amor,
é como voar em emoções sem parar
pelas caricias da volúpia em doce torpor.
Aos que, amor nunca sentiram, de verdade,
não sabem como é o encanto da vida,
amar é ser brisa, que abraça a felicidade,
é ser onda no mar da paixão incontida.
Falar de amor é sentir o fogo do vulcão,
que invade o mais profundo do nosso ser,
é ignorar o fútil e soltar a alma e o coração
sorrir sem razão, cantar, é o sublime viver.
José Carlos Moutinho
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Aquela mulher, o meu amor
Sento-me nas escadas do meu pensamento
e deixo-me levar pelos caminhos do além,
recordo momentos que ficaram cá dentro
do meu peito, na saudade deixada por alguém!
São boas lembranças que invadem minh’ alma,,
gostaria de a ter em meus braços novamente,
tudo faz parte do passado, que não acalma
minha dor, neste tortuoso sofrimento!
Quisera que o tempo parasse totalmente
e me devolvesse aquela mulher amada...
Serão ilusões que me passam pela mente!
Oh...Deus dos amores faz esquecer esta dor,
que me deixa a alma assim tão castigada,
traz de volta aquela mulher, peço por favor!
José Carlos Moutinho
terça-feira, 27 de agosto de 2013
Dança
A menina dança?
Era no tempo do cavalheirismo,
quando o homem se dirigia à dama,
para a convidar a dançar;
Tudo com muito respeito,
sempre na expectativa do olhar da menina,
a condescender na dança que vinha!
belos tempos,
que os jovens de hoje nem imaginam!
Agora é correria em loucos atropelos,
Música estridente,
Sem a beleza do compasso do bolero!
Quero o tempo
em que tomava a menina nos braços
e a levava enlevado pelo salão,
orgulhoso do meu mérito,
de ter uma linda jovem junto do meu peito;
Hoje, nem se tocam
e se isso acontece é em colisão quase fatal!
Dança de encantar, na valsa que nos embalava,
no slow, que nos fazia deslizar na pista do amor,
e na graciosidade mais acelerada do rock
ou até no calor do merengue...
Saudades do tango,
que nos fazia rodopiar airosamente
A menina dança?
José Carlos Moutinho
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Ilusão
Quantas vezes, por estes caminhos da vida
encontramos veredas e escombros,
quando somos levados na ilusão sentida,
doce prazer de sermos levados em ombros.
Sempre me deixei embalar pelo coração,
tive momentos tristes, outros de felicidade,
em todos eles depositei grande ilusão,
porque sempre acreditei na sinceridade.
O tempo passa, morrem as horas nos dias,
as emoções vão esmorecendo nas noites,
as nossas almas perdem-se em utopias,
onde a paixão e a ilusão são como açoites.
José Carlos Moutinho
2012
domingo, 25 de agosto de 2013
Garota dos meus encantos
Garota, mulher da minha vida,
Tu ao apareceres no meu caminho,
Transformaste-me por completo,
Deixei de ser solitário triste
E acabrunhado no meu cantinho de tristeza,
Para me transformar num ser iluminado
Pelo brilho dos teus lindos olhos verdes
Que me encantam e abençoam,
É no teu sorriso que me deixo enlevar
Pelo prazer que inunda de paixão o meu coração!
Ai, garota dos meus encantos
Este amor que me transborda o coração
E me inunda alma, penetra tão fundo em mim,
Que tu te transformaste na minha essência!
Viver sem ti, seria como naufragar
Num mar de desilusões e amarguras,
É da tua felicidade, que sobrevive a minha
Na tua alegria está o meu desejo de viver,
Nos dias cinzentos da tua tristeza,
Apaga-se o sol com o meu sofrimento!
Amo-te tão profundamente,
Que só de imaginar perder-te,
Feneço, lenta e antecipadamente!
José Carlos Moutinho
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Metáforas
Sentiria eu muita alegria e total fascínio,
Se conseguisse fazer das simples palavras,
Melodias que ecoassem pelas vielas da vida
E por caminhos margeados por flores,
Impregnadas de fragrâncias de amor!
Que criasse com as palavras que eu escrevo,
Rios, por onde deslizassem nos seus leitos,
Águas cristalinas de felicidade,
E onde em cascatas, mergulhassem,
Os prazeres da paixão
Nos lagos serenos do amor!
Tivesse eu esse dom,
Acreditem que me sentiria um ser diferente,
Talvez imbuído de sentimentos raros,
Onde cada segundo do meu sentir
Fosse eternidade do meu amor!
Que fizesse do bater do meu coração,
Suspiros de desejos incontidos,
Em sintonia com o vibrar do coração
Daquela bela mulher tão amada!
Ah...se as palavras que eu queria inventar
Fossem néctar dos beijos divididos,
Abraços no calor de dois corpos,
Em constante ebulição
De paixão e anseio,
Eu poderia gritar ao mundo,
Que conseguira encontrar a felicidade
Na doçura das palavras
Metaforicamente poéticas.
José Carlos Moutinho
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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