quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Devaneando




As tuas mãos acariciam-me como a espuma
Das ondas que beijam areias da minha praia,
Na tua doce entrega que afasta a bruma,
Surges-me fascinante em vestido de cambraia!

Pareces-me ilusão vinda do horizonte,
Que se desfaz no beijo que me dás com emoção,
Levas-me em êxtase pelos ventos da paixão,
Voarei feliz, sorrindo sobre rio, mar e monte!

Abraçarei nuvens brancas da felicidade,
Os astros serão meus companheiros de viagem
Pelos sublimes caminhos da eternidade...

De mãos dadas, faremos do luar que nos afaga
Manto, que nos cobrirá pelos jardins da vida
De fragrâncias que à nossa alma embriaga!

 José Carlos Moutinho

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Este mundo de hoje


Neste mundo desvairado de gente louca,
ter na vida um amigo sincero e fraterno,
o que à primeira vista parece coisa pouca,
é todavia de um valor incalculável e eterno.

Que a amizade e a verdade não sejam ocas,
a cada dia mais nos surpreende os humanos,
quando a franqueza se esconde nas tocas,
fazem-se solidários, não passam de profanos.

Temos de estar atentos aos falsos amigos,
que são piores e maléficos do que inimigos,
não deixemos de mostrar a pura verdade,
aos que se acham inteligentes, pela maldade.

José Carlos Moutinho.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Mundo desigual



Invento-me nos dias de muito frio,
Tento ter minh’alma descomprometida,
Mas a realidade é um grande desafio,
No meu coração há muita dor sentida

Gente perdida, sem um teto, nem rumo,
Deambulam por escarpas de pobreza,
Procuram com esperança, obter aprumo
Porém, só encontram a terrível avareza

Mundo este tão cruel e tão desigual,
Mão estendida que pede um pouco de pão,
É olhada com desdém, como de animal

Sol que nasce, apagado para uns quantos
Bastantes com conforto, outros, com solidão,
Muitos com alegria, imensos, dor e prantos!

 José Carlos Moutinho

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Falésia dos anseios



Sentado na falésia dos meus anseios,
vislumbro na linha do horizonte
da minha saudade,
o brilho dos seus olhos,
sorrindo-me feiticeira,
navega suavemente
na crista de uma onda
ao meu encontro,
envolta pela fragrância da maresia,
iluminada pelos raios solares,
fascinante como sereia encantada,
de coração solto
e alma apaixonada,
pelo desejo de fundirmos o nosso sentir
num amplexo perene!

Desço do alto da falésia da minha ilusão
para a praia da felicidade,
aguardo-a em êxtase
nas areias molhadas,
que se farão lava incandescente
pelo fogo da nossa paixão,
no consumar dos nossos desejos!

Nossos corpos desnudados,
são beijados pela espuma alva
e pelo murmurar das ondas
que rolam em nós melodias de amor,
levam-nos em volúpia
pelo néctar excitante
dos beijos que nos deliciam,
na ternura da entrega total.

 José Carlos Moutinho

domingo, 27 de outubro de 2013

Murmúrios das ondas



As ondas que se enrolam neste mar,
trazem sussurros da minh’amada,
em poemas cantados ao luar,
que me deixam a alma encantada.

No dorso do mar, o brilho do sol,
como sorriso que ela me envia,
no seu belo olhar está o meu farol,
de luz, da minha alma de poesia.

Meu amor, quanta felicidade...
que me faz voar pelo infinito,
nas asas do vento, eternidade!

Tão belo ser amado e amar,
livre de amargura e conflito
nos braços do meu amor, aportar!

José Carlos Moutinho

sábado, 26 de outubro de 2013

Suspiros de amor



Quero fazer-te chegar o meu suspiro,
Fazer dele o teu respirar
Neste sentir que transborda das nossas almas
E nos enleva por caminhos de sonhos,
Que suavemente se desvelam em pétalas
Vermelhas de paixão encantada!

Quero que sintas o ardor do meu querer
No palpitar do teu coração,
Que a brisa que de mim chega a ti,
Te acaricie na doçura da minha ilusão
E no desejo de jamais te perder!

Que as nuvens negras da tristeza,
Deem vez ao luar romântico
E nós de mãos dadas, sorrindo às estrelas,
Caminhemos por vales floridos de felicidade!

Quero ter junto do meu,
O calor do teu corpo
Nos dias frios do desânimo,
Quero que sejas a âncora
Do meu navegar em mar calmo,
E o meu porto de abrigo
Nas noites de tempestade!

Quero que juntos, de corações vibrantes
Viajemos em sonhos sonhados,
Por etéreos céus azulados,
Que o nosso amor jamais seja finito
Enquanto nós formos perenes.

José Carlos Moutinho.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Poeta e sonhador



Se eu fosse poeta e sonhador,
Faria das minhas palavras, melodias,
Cantaria ao mundo com ardor
As minhas quimeras e fantasias.

Inventaria brisas de utopias encantadas.
Das folhas cansadas e secas do Outono,
Faria pétalas de paixões perfumadas,
De rosas vermelhas, em corações ao abandono.

Mas se não sou poeta nem sonhador,
De mim solta-se livre, somente a vontade,
Que vagueia por etéreas ilusões de amor
E faz do sonho, rio, remanso de felicidade,
Contemplo as estrelas, sorrindo ao fulgor
Emanado do luar, em absoluta intimidade.

Continuarei a insistir em querer sonhar,
Dizem que o sonho comanda a vida,
Comandarei os meus anseios a cantar
Que a minha alma cante melodia sentida.

 José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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