sábado, 30 de novembro de 2013

Invernia


O vento fustiga as persianas da minha janela,
Desperta-me para a realidade feroz da natureza,
Sibila acutilante como em sofrimento!

Aproximo-me da janela,
Olho o exterior,
Vejo o tempo transtornado
Revirado pelas folhas que voam
Perdidas do seu rumo,
Árvores que se agitam perigosamente
Numa ameaça constante de cederem
À força que a vida lhes concedeu,
Objectos rolam pelos campos
Como simples plumas!

O céu apagou-se,
Passou de cinzento a negro,
Antecipou-se a noite, naquela tarde,
Tudo é triste, tudo oscila, tudo é breu!

O som gritante da ventania
Agita-nos a alma,
Desassossega-nos o coração,
Assusta-nos a segurança,
Repentinamente
Podemos ser folhas desprotegidas,
Que voem nas asas dos ventos!

É a invernia que nos assola,
Nos enregela os pensamentos
E nos aniquila as vontades,
É a Natureza na sua pujança
E demonstração de sua força
Perante nós, simples seres
Que se deixam fraquejar
E pensar como somos insignificantes.

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Amor em exaltação



Rugem trovões, caem raios e coriscos,
mas o teu amor a tua luz são o meu caminho,
contigo enfrentarei todos e quaisquer riscos,
ainda que atalhos me façam andar devagarinho.

O teu sorriso, com o teu abraço, são meu afago,
em ti encontro o meu porto de abrigo, sereno,
a tua imagem está presente nunca a apago,
porque tu és o meu chão, o meu doce terreno.

Abraçar-te e estar em ti, quão sublime prazer,
quisera que o tempo parasse à nossa volta,
só tu e eu em total delicia do nosso querer,
na volúpia do nosso desejo e paixão à solta.

E que o mundo gire louco, sem desatino,
porque o nosso amor a tudo isso se alheia,
encontrámos na harmonia o nosso destino,
viveremos com o doce mel da nossa colmeia.

Coisas simples da vida se fazem importantes,
se a compreensão e o amor estão presentes,
a alegria e felicidade fazem-se exultantes,
nestes pequenos sentires de saudáveis mentes.

José Carlos Moutinho.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Mundo de rancor



Quantas vezes me vejo por ai, sem destino,
a pensar na vida que em mim desliza,
fico apreensivo pois raramente atino,
da razão de haver tanta gente sem camisa.

Pior que falta de camisa é o rosto que chora,
lágrimas de sangue de olhos turvos,
clamando pela esperança que demora
e pela fome que os torna curvos.

Acabo por me sentir um ser feliz,
pois esse flagelo não me tocou ainda,
sempre fiz na vida tudo o que quis,
por isso eu acho esta vida linda.

Compadeço-me porém, dos seres sofredores,
que não têm teto, nem pão, nem amor,
vieram ao mundo como perdedores,
desta sociedade onde impera o rancor.

José Carlos Moutinho.

domingo, 24 de novembro de 2013

Anseio



A minha inspiração esmoreceu
Nos suspiros da minha inquietude
Que o vento gelado levou
Em vendavais de inconformismo!

Anseio pela brisa suavizadora
Que me acordem as palavras
Que se calaram
E morreram no papel alvo
Da minha criação!

Anseio pelas estrelas cadentes
Que tragam a luz do meu inventar
E que façam do meu pensar
Versos em forma de poesia!

A minha alma enfraquecida
Está dolente pela paixão cansada
De um amor perturbado
Por absurdos incompreendidos!

Anseio pela alvorada
Que refresque o meu sentir
E que os raios diáfanos
Penetrem o meu ser,
E o irradie com a alegria
De um novo viver.

José Carlos Moutinho.

sábado, 23 de novembro de 2013

Amor, paixão e ausência



As horas cansadas pela tua ausência
Escurecem a minha alma
E deixam-me neste cinzento de melancolia
Em lancinante dor de saudade!

E nas alvoradas do meu desejo,
Quando se faz real o teu vir a mim,
A minha tristeza se transforma em luz
Projectada pelos teus belos olhos,
Que cintilantes pela ternura,
Me despertam da nostalgia que me avassalava,
E deixo-me navegar, como em sonho no encanto
Do teu belo sorriso, que me fala de amor!

Quisera que jamais existissem
Tantas horas de tua ausência,
Nas tardes que me sufocam,
Em dias que me martirizam,
Pela carência do teu beijo de cálido néctar,
Dos teus abraços que me emocionam
E do teu corpo que me incandesce
De um prazer, que me transcende a razão!

Quisera que esta distância se fizesse breve,
Na ânsia do meu querer,
De louca paixão,
Que saciasse este meu vício de ti,
E a felicidade fosse partilhada contigo.

José Carlos Moutinho.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Amores que fenecem



A brisa que sopra suavemente
Tenta afagar-me a alma, que pranteia
Perante as cinzentas nuvens,
Que toldam os sentimentos
E enfraquecem as vontades,
Esmorecendo-as no silêncio
Das palavras preteridas,
Que se esfumam nas ilusões!

Palavras que se soltam ingénuas,
E podem ferir, pela incompreensão,
Ou exacerbada intolerância!

Fortalece-se o orgulho,
Acomodam-se corações,
Em sentires desatinados ou mutantes,
E os momentos vividos com emoção,
Divagam esquecidos e letargos
Por caminhos de emoções moribundas!

Desilusões revividas de outros tempos,
Quando a metamorfose da razão
Se tornava inexplicável!

Dias de encantamento que se turvaram
Na tristeza do amor desbotado
Que se deixou fenecer.

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Navegando pela memória



A minha canoa de memórias ainda navega
Por aquela tarde de verão, de sol esmorecido,
no mar de uma emoção de total entrega,
do amor que um dia, na praia, havia nascido.

Lembrar o passado pode ser nostálgico,
mas se há lembrança, existiu alegria,
neste contexto tudo me parece lógico,
por isso lembrei-me fazer esta poesia

Os olhos dela tinham encanto que fascinava,
de verdes íris, como a bela esmeralda,
quando na rua caminhando, ondulava,
com o perfume da mais bela grinalda.

Os seus curtos cabelos de tons castanhos,
esvoaçando ao sabor das velas da minha ilusão,
deixavam-me extasiado, com tantos encantos,
levando-me ao sabor do vento da minha paixão.

A minha memória recusa-se apagar esta história,
que marcou os trilhos da estrada da minha vida,
aquela mulher será para sempre, a minha glória,
gravada em poesia de muita felicidade sentida.

José Carlos Moutinho.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

S.Martinho



Foi Santo, segundo reza a lenda,
Foi caridoso para com um pobre,
Da capa fez manto como prenda,
Para o cobrir do frio, gesto nobre.

Era húngaro, de nascimento,
Mais tarde foi para Itália, Pavia,
Foi soldado com sentimento
E tornou-se bispo de Tous, um dia.

Conta a lenda que no dia 11, gelado,
Depois da capa tapar o pobre, do frio,
O sol esplendoroso e acalorado
Surgiu inesperadamente do sombrio.

Assim se dá conta do sol de S.Martinho,
Que no outono álgido e cinzento,
Com castanhas assadas e bom vinho
Se comemora com alegria, este evento.

Viva o S.Martinho, soldado e Santo
Que nos concedeu esta festa com alegria,
Das castanhas e do vinho fazemos canto
E com sol e bom vinho, festejamos o dia.

José Carlos Moutinho.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Abraço o mar



Quero abraçar este mar
Que me murmura palavras de amor
Trazidas pela brisa
Em aconchegos de melodias!

Quero absorver este ar de maresia
Que me invade os sentidos
E tempera os meus anseios,
Quero deixar-me fascinar
Pelo reflexo do sol sobre as suas águas
E descansar o meu olhar,
Contemplando a imagem serena do horizonte
Onde se confundem os azuis
Do mar que termina
E do céu que começa!

Deslumbrado, confundo-me
Se não será onde os dois terminam ou começam,
Porque subtilmente
Divide-os uma ténue linha divinal,
Pintada com as cores do infinito
Que me traz a serenidade
E me acalma os sentidos!

Com as velas içadas das ilusões,
Ao sabor da ondulação das minhas emoções,
Navego sem rumo,
Somente guiado pelo farol estelar,
Talvez encontre o amor
Que tanto busco e jamais encontrei.

José Carlos Moutinho.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Palanca negra



Tem elegância e porte soberano,
Agilidade e velocidade de encantar,
É um animal quase em extinção,
Mas que felizmente tem-se vindo a recuperar;
Seria de uma terrível tristeza se isso acontecesse
Pois a fantástica e linda Palanca,
Tem a beleza, no seu quotidiano,
Quando se passeia garbosamente entre os seus
E nos deslumbra na sua altivez!

Palanca negra, símbolo da “nossa” Angola,
Que entre todos os animais,
Nos prende no olhar do nosso fascínio!
As suas hastes de elaborada arquitetura,
Curvadas pelo capricho da sua anatomia,
Enrugadas como belos reco-recos,
Faz-nos sonhar...
Pensando no belo e incrível da fauna
E na Natureza, que muitos desprezam!
Temos na Palanca Negra a magnitude
Da perfeição animal.

 José Carlos Moutinho

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Abraço




Muita gente passa a vida sem viver,
sequer sabe o que é o sentimento
da amizade, em sorriso de bem-querer,
porque vive em total enclausuramento.

Basta abrir simplesmente os braços,
receber o calor de um amigo no seu peito,
no abraço que tem de amor, os traços
na amizade o encanto do momento feito.

Abraço, de significado tão importante,
para os tem por companhia solidão e dor,
gesto tão simples de carinho é bastante
na partilha de um sorriso com amor.

Abraço de volúpia em momentos de paixão,
ou simples, como é a vida sem complexos,
serão complexos, se forem falsos, sem emoção,
abraços, o eterno prazer dos belos amplexos.

José Carlos Moutinho.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Este mundo de nadas



Tanto se corre por este mundo de nadas,
onde se choram tantas agruras calcinadas
em jardins de soluços e dores plantadas,
sob os mantos de céus de cores choradas.

Quando podiam simplesmente ver o belo,
que nos rodeia em cada raiar da alvorada,
porém preferem o enredo ao singelo,
assim levam a vida em triste toada.

No final da existência mentes mudarão,
arrependimentos nascem tardiamente,
porque o que foi feito não mais terá perdão

Mas entre o bom e o mau existe razão,
que algumas almas terão sempre presente,
procedendo com a bondade no coração!

José Carlos Moutinho

domingo, 3 de novembro de 2013

Sonhando utopias





Gostaria de ser poeta e criar ilusões
Em corações deprimidos pela desesperança,
Inventaria poemas e encantadas canções
E faria da tempestade da vida, Bonança

Há dias que não estamos tão bem,
Mas a vida continua, sem parar,
Por isso é sempre bom ter alguém,
Que nos abrace e incentive a continuar                 

Hoje quero voar sobre vales de ilusão,
Levo comigo todos os meus amigos,
Iremos de coração ao alto e com emoção,
Soltaremos todos os nossos ais reprimidos

As libélulas voam sobre nenúfares em flor,
Nós sobre escombros da vida, podemos pular,
Façamos deste mundo uma tela multicolor,
E sigamos por esta estrada sempre a cantar

Hoje apetece-me ser levado nas asas da utopia,
Viajar sobre rios e vales de quimeras floridas,
Aspirar o perfume dos campos, em sintonia,
Com alegria, paixão e felicidade incontidas

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Devaneando




As tuas mãos acariciam-me como a espuma
Das ondas que beijam areias da minha praia,
Na tua doce entrega que afasta a bruma,
Surges-me fascinante em vestido de cambraia!

Pareces-me ilusão vinda do horizonte,
Que se desfaz no beijo que me dás com emoção,
Levas-me em êxtase pelos ventos da paixão,
Voarei feliz, sorrindo sobre rio, mar e monte!

Abraçarei nuvens brancas da felicidade,
Os astros serão meus companheiros de viagem
Pelos sublimes caminhos da eternidade...

De mãos dadas, faremos do luar que nos afaga
Manto, que nos cobrirá pelos jardins da vida
De fragrâncias que à nossa alma embriaga!

 José Carlos Moutinho

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Este mundo de hoje


Neste mundo desvairado de gente louca,
ter na vida um amigo sincero e fraterno,
o que à primeira vista parece coisa pouca,
é todavia de um valor incalculável e eterno.

Que a amizade e a verdade não sejam ocas,
a cada dia mais nos surpreende os humanos,
quando a franqueza se esconde nas tocas,
fazem-se solidários, não passam de profanos.

Temos de estar atentos aos falsos amigos,
que são piores e maléficos do que inimigos,
não deixemos de mostrar a pura verdade,
aos que se acham inteligentes, pela maldade.

José Carlos Moutinho.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Mundo desigual



Invento-me nos dias de muito frio,
Tento ter minh’alma descomprometida,
Mas a realidade é um grande desafio,
No meu coração há muita dor sentida

Gente perdida, sem um teto, nem rumo,
Deambulam por escarpas de pobreza,
Procuram com esperança, obter aprumo
Porém, só encontram a terrível avareza

Mundo este tão cruel e tão desigual,
Mão estendida que pede um pouco de pão,
É olhada com desdém, como de animal

Sol que nasce, apagado para uns quantos
Bastantes com conforto, outros, com solidão,
Muitos com alegria, imensos, dor e prantos!

 José Carlos Moutinho

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Falésia dos anseios



Sentado na falésia dos meus anseios,
vislumbro na linha do horizonte
da minha saudade,
o brilho dos seus olhos,
sorrindo-me feiticeira,
navega suavemente
na crista de uma onda
ao meu encontro,
envolta pela fragrância da maresia,
iluminada pelos raios solares,
fascinante como sereia encantada,
de coração solto
e alma apaixonada,
pelo desejo de fundirmos o nosso sentir
num amplexo perene!

Desço do alto da falésia da minha ilusão
para a praia da felicidade,
aguardo-a em êxtase
nas areias molhadas,
que se farão lava incandescente
pelo fogo da nossa paixão,
no consumar dos nossos desejos!

Nossos corpos desnudados,
são beijados pela espuma alva
e pelo murmurar das ondas
que rolam em nós melodias de amor,
levam-nos em volúpia
pelo néctar excitante
dos beijos que nos deliciam,
na ternura da entrega total.

 José Carlos Moutinho

domingo, 27 de outubro de 2013

Murmúrios das ondas



As ondas que se enrolam neste mar,
trazem sussurros da minh’amada,
em poemas cantados ao luar,
que me deixam a alma encantada.

No dorso do mar, o brilho do sol,
como sorriso que ela me envia,
no seu belo olhar está o meu farol,
de luz, da minha alma de poesia.

Meu amor, quanta felicidade...
que me faz voar pelo infinito,
nas asas do vento, eternidade!

Tão belo ser amado e amar,
livre de amargura e conflito
nos braços do meu amor, aportar!

José Carlos Moutinho

sábado, 26 de outubro de 2013

Suspiros de amor



Quero fazer-te chegar o meu suspiro,
Fazer dele o teu respirar
Neste sentir que transborda das nossas almas
E nos enleva por caminhos de sonhos,
Que suavemente se desvelam em pétalas
Vermelhas de paixão encantada!

Quero que sintas o ardor do meu querer
No palpitar do teu coração,
Que a brisa que de mim chega a ti,
Te acaricie na doçura da minha ilusão
E no desejo de jamais te perder!

Que as nuvens negras da tristeza,
Deem vez ao luar romântico
E nós de mãos dadas, sorrindo às estrelas,
Caminhemos por vales floridos de felicidade!

Quero ter junto do meu,
O calor do teu corpo
Nos dias frios do desânimo,
Quero que sejas a âncora
Do meu navegar em mar calmo,
E o meu porto de abrigo
Nas noites de tempestade!

Quero que juntos, de corações vibrantes
Viajemos em sonhos sonhados,
Por etéreos céus azulados,
Que o nosso amor jamais seja finito
Enquanto nós formos perenes.

José Carlos Moutinho.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Poeta e sonhador



Se eu fosse poeta e sonhador,
Faria das minhas palavras, melodias,
Cantaria ao mundo com ardor
As minhas quimeras e fantasias.

Inventaria brisas de utopias encantadas.
Das folhas cansadas e secas do Outono,
Faria pétalas de paixões perfumadas,
De rosas vermelhas, em corações ao abandono.

Mas se não sou poeta nem sonhador,
De mim solta-se livre, somente a vontade,
Que vagueia por etéreas ilusões de amor
E faz do sonho, rio, remanso de felicidade,
Contemplo as estrelas, sorrindo ao fulgor
Emanado do luar, em absoluta intimidade.

Continuarei a insistir em querer sonhar,
Dizem que o sonho comanda a vida,
Comandarei os meus anseios a cantar
Que a minha alma cante melodia sentida.

 José Carlos Moutinho

Precoce fenecer





Inundam-se as margens do meu coração
Pelo caudal deste rio de tristeza,
Vindo da nascente dos meus olhos
Em lágrimas frias,
Brotadas com a dor da tua ausência!

Chora-me a alma
A dor silenciosa, sofrida,
Que invadiu a minha essência,
Escureceu o sorriso da esperança,
Emudeceu o cantar da minha felicidade!

Diluem-se os sonhos irrealizados,
Como gotas em mar de frustrações,
As alegrias das Ilusões imaginadas
Caem como folhas secas fustigadas
Por ventos de contrariedades!

Sinto-me aturdido pelo amor perdido,
Amordaçado por conveniências,
Combalido por valores, quiçá, morais
Que me atrofiam
No mais profundo do meu sentir,
E me deixam numa letargia
De precoce fenecer.

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Teimosia da inquietude



Teimam as nuvens negras da inquietude
Em encobrir o sol da minha ilusão,
Na vã tentativa, de anoitecer-me a alma,
Mas eu passeio-me em cintilantes estrelas,
E do azul do luar, faço meu o silêncio,
Que me acalma a ansiedade!

Na alvorada da minha serenidade,
Solto os pensamentos que se aconchegam
No arco-íris da minha felicidade,
Aspiro a maresia perfumada de utopias,
E navego-me por mares de paixões sonhadas!

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Este nosso mundo



Olho o infinito e vejo nada,
Apagou-se o mundo,
O breu descoloriu a vida!

Plantaram-se ironias e sarcasmos,
Ceifaram-se maldades,
Colheram-se intrigas e dores!

A escuridão é total,
Corações exangues, apertados
Por incapacidade de amar!

Vozes que se silenciam, exaustas
Na calada das noites geladas,
Congelaram o amor e harmonia,
Nublaram a felicidade,
Feneceram a esperança!

A Terra está moribunda
Destruída pela ganância
De gente inferior,
Que não são mais que ignorantes,
Cegos pela estupida arrogância.

José Carlos Moutinho.

sábado, 19 de outubro de 2013

Parar o tempo



Se pudéssemos parar o tempo,
Talvez conseguíssemos, do nosso escasso tempo,
Obter muito mais tempo,
Para apreciarmos as belezas que nos rodeiam!
Se parássemos por breves instantes,
Mesmo que fossem breves, esses instantes,
E pensássemos que este louco tempo
Que nos arrasta celeremente
Para um final de estrada, sem retorno,
Sem dúvida, que teríamos mais tempo
Para construirmos no nosso tempo
Mais momentos de alegria e felicidade!

Com o tempo parado, por breves instantes,
Poderíamos pensar na nossa brevidade terrena,
E tornarmos o tempo da nossa vida
Num jardim de harmonia,
Ornamentado com flores de solidariedade,
Cujas pétalas coloridas de amizade,
Esvoaçassem por caminhos de amor!

Acredito que o curto tempo
Que nos perturba e transtorna no dia-a-dia,
Se tornaria mais risonho, mais iluminado,
E o tempo que nos foge a cada minuto,
Tornar-se-ia mais romântico
Na nossa passagem por este planeta.

 José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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