quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Povo que choras (fado)



Povo que tanto choras
as dores de alma sofrida,
tardam caladas as horas
de alegria na tua vida.

Tens triste sina pra cumprir,
neste mundo de loucura,
mas não esmoreças sem seguir
o caminho da brandura.

Um dia, sofrido povo,
voltarás a ter a glória,
pois conquistarás de novo,
do opressor, a vitória.

Cantemos povo, a uma só voz,
nossa indignação pl’as ruas,
é um direito de todos nós,
dignidade sem falcatruas.

José Carlos Moutinho

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Fui e Sou





Fui rio impetuoso, correndo pelo leito da inquietude,
fui luar sereno em noites de doce saudade,
fui sol da paixão, em instantes de amor,
fui vulcão de onde brotou magma de prazeres,
fui escudo onde explodiram palavras agressivas,
fui conselheiro de almas tristes pelo desalento,
fui réu em causas desconhecidas por mim,
fui acusado, sem nunca me poder defender,
fui invejado por quem se sente frustrado,
fui sonhador e voei pelos céus do meu querer,
fui chamado de arrogante, por quem não lê a alma,
fui ignorado por quem se diz meu amigo,
fui acarinhado, por quem eu jamais imaginaria,
fui bajulado, "idolatrado" e preterido por despeito,
fui tudo isso e muito mais, que agora não me ocorre!
Sou eu mesmo, hoje,  sem vernizes, nem cores hipocritas,
sou homem com percurso de vida digno,
sou frontal nas minhas atitudes e digo o que penso,
sou teimoso quando tenho razão e não desisto,
sou  a revolta contra a injustiça,
sou  intolerante à mentira e à falsidade,
sou uma alma que valoriza a verdadeira amizade,
sou amigo sincero e fiel do meu amigo,
sou uma criatura que jamais trai a amizade,
sou hoje um rio caudaloso, que corre sereno de braços abertos  para o mar do meu futuro,
sou a acalmia do mar onde navego os meus anseios
sou o homem que procriou, a árvore plantada e o livro realidade,
Sou simplelsmente eu, com virtudes e defeitos, mas isento de falsidade.

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Quem és tu, Destino?





…Que tanto contrarías a minha vontade,
e teimas em trocar o meu caminho,
se eu nem te conheço?

Diz-me destino, o que pretendes de mim,
que força tens tu
para te intrometeres na minha vida?

Serás conjectura ou realidade
serás utopia ou coisa nenhuma…
Penso-te núvem, mar, sol
Talvez luar, crepúsculo ou alvorada
Creio-te tudo e nada!

Gostava que tivesses coragem
Para te abrires comigo
E com toda a franqueza
Dizeres-me das tuas intenções!

Mas sinceramente, destino,
creio que não passas de uma invenção
para nos desculparmos das falhas
que nos Outonos das nossas vivências
se fazem brumas de contrariedades!

De uma vez por todas, mostra teu rosto,
fala comigo, conta-me de ti,
o que pensas do mundo
e das gentes que o povoam…
Se o fizeres, destino,
(assim de amigo para amigo)
prometo-te que serei silêncio,
da minha boca, não voarão as palavras
que te acusem dos azares do universo!

Mas… confesso-te, destino,
ainda tenho dúvidas da tua força
para trocares o nosso Destino.

José Carlos Moutinho

domingo, 3 de agosto de 2014

Serei um visionário





Gostava de escrever um poema,
onde as palavras se fizessem flores,
que colorissem o mundo de alegrias
e perfumassem de ilusões, os dias!
Que os meus versos
tivessem o calor do sol,
a força do vento
e a serenidade do luar,
para eu oferecer ao mundo,
numa cesta de afagos e abraços
colorida com pétalas de sorrisos.l

Acreditem...
Gostaria de fazer o poema mais belo,
onde eu exaltasse a felicidade
com tanta pureza,
que me fosse possivel
extinguir a infelicidade!

Mas não tenho o dom de Aladim
e metamorfosear utopias
em realidades,
nem sequer sou poeta
quiçá, um visionário!

Pois acreditem…
Sou simplesmente um sonhador,
com um coração cheio de ilusões
e uma grande alma
que me faz feliz
e afaga o meu sonhar.

José Carlos Moutinho

sábado, 2 de agosto de 2014

Deixem-me


Por favor...
deixem-me pensar o que eu quiser,
mesmo que seja loucura
deixem-me ser utopico,
e voar nas asas dos sonhos!
Deixem, amigos... e, se este meu voo
me levar aos céus do prazer e da alegria,
venho buscá-los, para juntos
irmos pelo éter
sorrindo a este mundo
tão castigado pelas injustiças e guerras,
porque nós iremos por aí, na busca da paz
e dos abraços que nos façam
cada vez melhores!
Deixem amigos...
pensar-me nesta ilusão
não me desiludam,
dizendo que esta minha vontade é inexequível,
mintam-me, mas digam que é possivel
e que isto não é quimera
Vamos lá, amigos
deixem...

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Na quietude de mim





Abraço o vazio das minhas saudades,
sorrio para o jardim das minhas memórias,
Escuto os murmúrios de outros tempos
e canto os amores imaginados de outrora!

Agora na quietude de mim,
faço dos meus silêncios, águas cristalinas,
que deslizam mansamente
pelo leito da minha vida
e docemente mergulham
na cascata das minhas emoções!

Sinto a brisa
que me afaga os pensamentos,
com a doçura da pétala
da rosa vermelha da paixão;
Penso no ontem que é passado,
e no hoje que me faz vibrar
pelo desejo de viver amanhã!

Sou a memória de idas Primaveras,
serei no futuro, o pretérito Outono
das memórias, que foram minhas.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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