terça-feira, 10 de março de 2015

Diz-me tu, poeta





Deixa-me tu poeta, que tão bem escreves,
que te pergunte e a mal tu não me leves
a razão de andar por atalhos, a poesia…
Tu que te escondes na tua simplicidade
e do sentimento tens a cor da humildade,
diz-me por que há tanta escrita sem valia.

Não é por rimar que se faz um poema,
até na rima há que entender o esquema,
assim se classifica de pobre ou rica, a rima,
versos com ar de eruditos que por aí vejo,
levam-me a pensar se serão por gracejo,
ai…como é dificil  respirar neste árido clima.

Tu, poeta, que tens em ti o florir das palavras,
inventas quimeras e utopias nas tuas lavras,
és música nos versos que de ti são melodia…
Diz-me o que se passa, estarei eu enganado
ou enganado está, quem escreve tão errado,
por que assim não entendo mais de poesia.

Se a sinceridade fosse da poesia, companheira,
poetas inventados, teriam de mudar de carreira,
a poesia é sentimento da alma ou da realidade,
é história em poucas palavras, mas com sentido
não é um jogar de estrofes em contexto perdido…
A poesia deve ser respeitada, pois é a verdade.

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 9 de março de 2015

Caminhante pela vida





Faço-me caminhante talvez sem regresso,

Sigo meu destino atravessando madrugadas,

Ainda que seja um viajar sem sucesso

Jamais desistirei das minhas caminhadas.



Se o sol me castigar infligindo-me dor

E o remanso de um rio não me for paz,

Seguirei com esperança de que algum alvor

Me traga serenidade que tanta falta me faz.



A caminhada é meu modo simples de viver,

Dignidade a minha longa e eterna estrada,

Meus passos são horas do meu entardecer,

Minhas ilusões nascem da noite enluarada.



Enquanto as estrelas me velam cintilantes

Descansarei o corpo cansado no chão da brisa,

Farei da mente, couraça contra agruras viajantes,

Por que a batalha de cada dia, dela tanto precisa.



Se tiver que desta caminhada um dia regressar

Que seja pelos caminhos coloridos e perfumados

Por flores de felicidade e por belas aves a voar…

Serão sonhos quiçá, se os destinos forem marcados.



José Carlos Moutinho

quinta-feira, 5 de março de 2015

Aceita estas rosas




Meu amor, aceita estas belas rosas
que te ofereço com ardor no coração,
são vermelhas, cor do sangue da paixão,
Pega-as das minhas mãos ansiosas…
Ansiosas por te abraçar com o perfume
que nelas ficou, das rosas vermelhas,
ai amor, meu corpo ferve como lume
que o nosso abraço fará transbordar
e se o beijo se prolongar longamente,
creio meu amor que a lava irá derramar
do vulcão que em nós, se fará omnipresente…

Talvez seja melhor, meu amor, acalmar
tanto fogo pode incendiar nossa vontade,
vamos serenamente caminhar à beira mar
certamente nos fará bem aquela frialdade…
Evitemos todavia, na areia da praia, rolar
poderá ser um convite à loucura da emoção,
se tivermos força e coragem para aguentar
teremos a certeza de que perdemos a razão…

Assim amor, para que não pensem mal
e nos julguem anormais vamos lá a amar,
deixemos explodir nosso vulcão corporal
e que a lava corra escaldante, sem parar.

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 4 de março de 2015

Folhas poéticas






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Este é o meu primeiro livro de poesia a circular pelo mundo, através da 
Amazon.com,
Amazon.eu 
e ainda pela CreateSpace

Tanto falam





Tanto falam de amor e de paixão
que não entendo mais nada meu amigo,
sei que nisto há uma enorme confusão
se é bom e sofrem, é por castigo?

Paixão é fogo que queima as entranhas,
amor é o sentir com ou sem razão,
são coisas muito loucas e estranhas,
fico a pensar se será bom ou não.

Acho que fico aqui no meu canto
sem paixão nem amor, sem encanto,
assim de certeza, não vou sofrer…

Se um dia eu for atacado desse mal,
nada poderei fazer, sou normal
e doido por esse ser,que é a mulher…

José Carlos Moutinho

domingo, 1 de março de 2015

As minhas mãos





Nas minhas mãos há uma vida
de alegrias, mágoas e dores
jardins de muitas flores,
aceno de despedida
no instante da partida
e apertos sem pudores.

Rios de história sulcados
nas minhas rugosas mãos
pelos sins e pelos nãos,
são esses traços marcados
que me fizeram assim
e o tempo marcou em mim.

São dois lírios de afectos
que afagam discretos,
apertam com amizade
nos abraços da verdade,
as minhas mãos são a essência
de luta e resistência.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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