segunda-feira, 23 de março de 2015

Força e coragem




Cavalguei núvens floridas de sonhos
abracei estrelas nas noites inquietas,
voei sobre precipícios medonhos
consegui tenazmente atingir metas.

Tenho em mim a força que me faz vencer
repudiei o vento da contrariedade,
ignorei instantes adversos do perder
colhi o fruto da árvore da verdade.

Suportei afrontas e palavras negras
lutei com determinação e coragem…
autodidacta, cumpri sempre as regras;

Considero-me um vencedor com sorte
jamais me deixei levar por miragem…
nas desilusões nunca perdi o norte.

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 20 de março de 2015

Caminhos tortuosos





Os caminhos da vida são tortuosos,
existem escombros negros de hipocrisia,
nos sorrisos da mentira…
…e flores perfumadas por belos sentimentos
de quem conosco se cruza,
no quotidiano das nossas vivências!

Pelos atalhos, crescem suspiros
de angústia ou felicidade,
e pelas suas margens,
transbordam sorrisos de enfeitiçar
e algumas gargalhadas de duvidar!

Do pó desses caminhos secos pelas infâmias,
soltam-se gritos de dores abafadas
pelas vicissitudes que o vento sopra…
…e do chão ensopado pelas lágrimas
das saudades, nascem rios de memórias!

E pelos caminhos tortuosos da vida,
caminhamos serena ou velozmente
por vales deslumbrantes,
galgando montes de desânimos,
ou descendo escarpas de ilusões,
umas vezes iluminados pelo sol da alegria,
outras, pelos luares da nostalgia,
mas sempre de coração pleno de amor
e alma solta à felicidade,
porque o futuro implacavelmente célere
já nos observa...
e o presente…
sim, este nosso presente já se esfumou.

José Carlos Moutinho.

quinta-feira, 19 de março de 2015

A ti Pai





Mal te conheci meu saudoso pai
deixaste-me de repente bem sei,
não lembro bem a memória me trai
desde que partiste sempre te amei.

Sabes pai, a minha idade faz-me voar
na asa do tempo p’ra perto de ti,
quando te encontrar quero te abraçar
recuperar o tempo que eu perdi.

Perdi teu carinho, Deus te levou
pela tua bondade Ele te chamou,
dois anos tinha eu, dizia minha mãe…

Gostaria pai, de te ter mais tempo
chorei no silêncio este lamento,
Foi, minha doce mãe, meu pai também…

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 18 de março de 2015

O outro meu tempo





Do outro  meu tempo, saudade de agora
tenho em mim memórias que me acarinham
na nostalgia das imagens de outrora
e das brincadeiras que nos convinham.

Ah… juventude que cedo acabaste
deverias ter-te alongado um pouco mais,
durou pouco mas ainda me marcaste,
forçando-me a ser homem cedo demais.

Bem sei, é passado, não adianta lamentar,
mas posso com saudade me recordar
e continuar neste meu tempo a viver…

Será um defeito meu, ser saudosista
mas jamais serei um louco masoquista,
vivo na poesia com alegria e prazer…

José Carlos Moutinho

terça-feira, 17 de março de 2015

Amor maduro




Teu corpo é vinho doce

e se timido eu não fosse

com avidez te bebia,

da tua vinha madura

nasceu mulher ternura

como há muito eu não via.



Quero-te degustar

em noite suave de luar,

sorver teu mosto quente

pela noite cansada

até ao nascer da alvorada,

é meu desejo ardente.



Se meu querer se cumprir,

plantamos vinha do adir

partilhamos futuro

galgamos as escarpas

vencemos as etapas,

com nosso amor maduro.



José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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