quarta-feira, 27 de julho de 2016

Ela voltará







A nostalgia é a minha parceira
nas infindáveis noites de inverno,
tento esquecer de alguma maneira
o saudosismo dorido e eterno!

Lá fora o vento sopra, assustador
parece que bate na janela,
será talvez o som da minha dor
ou quem sabe o bater da mão dela…

Fui ver para assim ter a certeza
abri a janela, aumentou a tristeza,
o que batia era o meu pensamento…

Continuei a ouvir o vento bater
que parecia querer-me dizer
ela voltará a qualquer momento!

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Afundou-se no mar





Não...Agora que nos voltámos a ver
não te deixes levar pelas emoções,
essas fazem parte do passado,
foram sopradas pela incompreensão
numa tarde cansada…
levadas pelas águas do rio
que haviam acariciado o teu corpo
numa manhã acordada...

O amor enfraquecido pelo tempo
afundou-se no mar…
o mesmo mar
que ainda hoje beija as areias
onde inventámos sonhos

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 6 de julho de 2016

O Fado é feitiço





Se ouço cantar o fado
deixo-me embalar,
fecho os olhos, calado
p’ra minha alma viajar
na proa do vento alado

O trinar da guitarra
entra em mim docemente
como o som da cigarra,
ao meu coração ardente
com emoção se agarra

Há no fado um feitiço
que não sei bem explicar,
seja vadio ou castiço
ao ouvi-lo em qualquer lugar
mais eu acredito nisso

Refrão

O fado é nacional
é do povo e mais nada,
é cantiga sem igual
com paixão, cantada

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Omar dá, o mar leva





O mar dá, o mar leva é uma verdade
qual será a razão deste mistério…
talvez seja pela bondade
ou p’ra dizer que não é cemitério!

Esse gigante de força incrível
tem tudo que se possa imaginar
desde a serenidade possivel
até à brutalidade de matar!

É a grandeza fantástica do mar
que tantas vezes me leva a sonhar,
quando a minha alma deseja a acalmia…

Porém, também sua ira me apavora,
então afasto-me, respeito a sua hora
e volto a admirá-lo num outro dia!

José Carlos Moutinho

terça-feira, 28 de junho de 2016

Nas asas do pensamento





Voam nas asas do pensamento
as minhas palavras, silenciosas,
perfumadas p’los beijos do vento
e coloridas por belas rosas!

As palavras vão navegando os céus,
buscando talvez, a ilusão ou a razão
e vão-se enfeitando com lindos véus
para que o encontro tenha mais emoção!

Se as palavras que por aqui eu mando
se perderem, que voltem cantando
p’ra sossegar o meu pensamento…

Se a sorte não me bafejou agora
talvez o destino me dê outra hora,
e acabe de vez este tormento.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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