terça-feira, 16 de maio de 2017

Divagações



Engana o tempo nas tardes tardias,
esconde a solidão
nas noites advindas,
e, quando as alvoradas despertam os dias
mergulha na melancolia
que se faz mar no seu peito
e leva-se em viagem
pelas ondas inquietas da nostalgia

José Carlos Moutinho

sábado, 13 de maio de 2017

RUI MONIZ MOMENTOS DE DESALENTO

De...poesia

A poesia é um mundo de sensibilidade, onde cabem todos os tipos de sentimentos.
Escrever de forma poética, não significa que tem de ser tudo cor de rosa, pode haver poesia no drama, no humor, na alegria e...no amor.
Creio ser um dom para quem faz dos seus suspiros de alma, jardins perfumados ou voos alienados inventar surrealismos ou fazer do seu sentir uma utopia.
Com a poesia pode-se fazer tudo que o autor deseje.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

O amor é

Para la da Janela - Rui Moniz

RUI MONIZ SOLTO OS VENTOS

RUI MONIZ E AS GAIVOTAS VOAM

Velhos Amigos

Eu e o meu mar

Quando eu...

Lonjura do tempo

Angola, minha saudade

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Sonho esboçado




Percorreu serenamente, caminhos
por entre folhas das árvores do passado,
perfumou-se com os encantos da natureza,
enriqueceu seus sentimentos com paixões,
deslumbrou-se com as dádivas da vida,
mergulhou em águas de esperança,
e, navegou até hoje,
num mar imenso e calmo…

Agora, neste tempo que o vigia,
continua seu rumo com determinação,
e vai construindo velas com a sua escrita,
no desejo de continuar a navegar, à bolina,
desta feita, impelido pelos ventos da realização
de um sonho nascido tardiamente,
todavia, esboçado na sua juventude.

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 24 de abril de 2017

25 de Abril do Século XX





Era um tempo de escuridão,
os dias vestiam-se de tristeza,
as noites clamavam por liberdade
porque as vozes eram estranguladas
por algozes despidos de quaisquer sentimentos…

Era um tempo sem futuro para tantos
que sobreviviam com as migalhas de alguns,
o ar que se respirava era acidificado pela opressão,
a possibilidade de se chegar mais longe na educação
era simplesmente castrada pelas dificuldade
de acesso às poucas universidades existentes!

O trabalho efectuado por menores era prática comum
pois com a gloriosa 4ª classe do ensino básico
já se obtinha o “alvará” para a labuta do ganha pão
que tanto escasseava naquele país...

Depois...
Depois aconteceu uma Revolução
que se coloriu de vermelho, cor do sangue,
que felizmente não foi derramado...
e também da cor do cravo que simbolizou a Revolução!

Tudo mudou...embora, inicialmente com entraves, que se contornaram.

Agora, vivemos um tempo metamorfoseado pelo 25 de Abril de 1974.

José Carlos Moutinho
24/4/17

terça-feira, 11 de abril de 2017

Para lá da janela




Fechei-me nos meus silêncios,
guardei dentro do meu peito
as palavras vazias
sopradas por ventos em desvario...

Aquieto-me na solidão que me contempla
e penso serenamente, sentado na nostalgia...
Olho a paisagem que me espreita pela janela
e, inesperadamente, invade-me uma melancolia
da cor do tempo passado!

Olho fixamente de olhos semi-cerrados
o nada para lá da janela,
e, imagino-me cavaleiro de fantasias,
cavalgando pelas alegrias esquecidas…
agarro-as, trago-as novamente a mim
e desperto os meus silêncios
na solidão que me sorri.

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Ai, o Poeta




Ai, o poeta…

…pode ser fingidor,
dizer que sente o que realmente não sente,
pode ser imaginativo, inventando fantasias,
pode até criar dores, onde há alegria e sorrisos
dizer que existe felicidade
num campo de imensa tristeza!
O poeta pode, com suas palavras, pintar rios
em secos e inférteis campos,
sentir o perfume da maresia
onde o mar nunca existiu!

O poeta é mentiroso ou sincero...
pois o poeta é tudo isso e...nada,
pois é somente um criador
que ao deixar-se levar pelo sonho da poesia
permite-se ser dono da sua verdade,
que pode nem ser a verdade dos outros!

Ao poeta é praticamente permitido tudo
desde que use dignidade,
que jamais ofenda ou provoque quem o lê,
porque é para o leitor que ele escreve e respeita!

O poeta poderá ter uma mente em desvario
ou sentir a serenidade do bucolismo romântico,
ou até ser um eterno apaixonado, sem paixão,
pode também convictamente falar de amor,
sem que haja alguém na sua vida
tem todo o direito de ser positivo ou negativo
nos pensamentos que transmite para o poema!

Ai, ao poeta é-lhe admitido falar com nobreza
da solidão e dos silêncios
e estar rodeado por multidões,
dizer da dor que lhe comprime o peito
e sentir-se profundamente feliz!

E tudo porque o poeta é…
mentiroso, verdadeiro, fingidor?
Não! Porque o poeta é…
simplesmente Poeta.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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