domingo, 4 de fevereiro de 2018

Inquieto escrevinhador


...
Já fui vento em tempo de bonança
maresia em sonhos de quase criança,
já fui sorriso de quem me olhou com amizade
e gargalhada na brincadeira com afectividade,
já fui o tempo que rapidamente passou
sou e serei o que o destino me reservou,
já fui um empedernido e desassossegado sonhador
sou agora, simplesmente, um inquieto escrevinhador

José Carlos Moutinho

PAINEL LUSÓFONO (Segunda Viagem de Poetas )

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Era o tempo

Era o tempo em que as ilusões tinham perfume de pétalas de rosa
e todas as cores eram infinito dos sentimentos
e a praia ponto de encontro
Era o tempo que a brisa afagava os rostos imberbes
e a maresia embalava os sonhos
e o sol era sorriso da paixão
Era o tempo que o futuro era o hoje
e o amanhã logo se veria como seria
e o vento podia soprar violento que era ignorado
Era o tempo de alegrias e/ou tristezas
das conquistas e frustrações
e dos abraços efémeros e beijos roubados
Era o tempo que partiu
cedendo o lugar a outro tempo
tão rapidamente
que tudo apagou, como se um vendaval voasse sobre ele
Era o tempo...
que deixou inexorável a saudade

José Carlos Moutinho

Fui tanto de tão pouco de mim

SER FADISTA

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Ficarei realizado


...
Um dia irei descobrir o futuro
porque o presente está escancarado
bem sei que será um caminho bem duro
mas se não tentar não ficarei descansado,
é uma longa caminhada por onde me aventuro
porém, se conseguir chegar ao local, ficarei realizado

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

O que não sei

...
Não encontro o caminho da imaginação
perdi-me entre as metáforas que não inventei
sei que se eu desistir perco toda a razão,
por isso procurei-me e não me encontrei
se aparecer alguém que seja minha salvação
talvez eu ainda consiga escrever o que não sei

José Carlos Moutinho

As minhas palavras


...
As minhas palavras calar-se-ão um dia
e essa certeza pouco ou nada me inquieta,
fiz tudo o que quis com a prosa e a poesia
a singeleza dos meus livros, atingiu a meta,
escrevo somente porque me dá muita alegria
soltando palavras do meu sentir de forma directa

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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