sexta-feira, 18 de maio de 2018

Aldeia do Paraíso


Isso sou eu a pensar, vale o que vale

...
Há momentos em que os fulgores transcendem os sentimentos. Então, são esses fugazes (por vezes mais longos) instantes a que damos o nome de felicidade, a tal que é feita de partículas, dificilmente são um todo a tempo inteiro

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Subsídio e verdade


Eles esforçam-se tanto, coitados
Com tanta vontade de trabalhar,
Ficam até tão cansados e suados
Que dá imensa pena só de olhar

Residem perto do local de trabalho
Mas indicam residência noutro lado,
Não é pelo subsídio, é por acto falho
Excesso de serviço, anda cansado

Têm de ser bem pagos, ora essa
Fazem um esforço titânico pelo povo,
Cada qual que entenda e vá nessa
Cá por mim, acho abuso, não aprovo

Dizem abdicar de ganhos maiores
Para servirem abnegadamente a grei,
Pois o povo dispensa esses favores
Servir a Pátria é um dever, sem Lei

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 16 de maio de 2018

RUI MONIZ SOLTO OS VENTOS

Um tempo

Houve um tempo...
em que o chilrear das aves encantava
em que o Sol deslumbrava
em que a maresia, lembrava a vida
em que um abraço era paixão
em que um olhar e um sorriso era amor
Há um tempo...
em que se ignoram as aves
em que Sol tem a obrigação de aparecer
em que a maresia incomoda
em que um abraço é hipocrisia
em que um olhar pode ser de desconfiança
em que um sorriso pode ser de cinismo
Talvez haja um tempo...
em que nada de tudo isto terá a menor importância
em que a vida passa a ser um sopro
em que um abraço será tão flácido que não carrega hipocrisia
em que um olhar e um sorriso serão tão mortiços que não têm qualquer expressão

José Carlos Moutinho

terça-feira, 15 de maio de 2018

Pensamento

Nos intervalos dos vendavais da vida
surge quase sempre a luz do Sol
para iluminar quem mais precisa


segunda-feira, 14 de maio de 2018

Que voassem

Ah...como eu queria
que as minhas palavras (escritas) voassem
e se perdessem dentro do sentir de quem as lesse,
que depois voltassem a mim
para simplesmente eu ficar a saber
que chegaram a bom destino!
Ah...quanta ilusão me invade a alma
e me leva a sonhar
que existem sonhos em quem lê poesia...
porém no meu despertar
penso, em dúvida, se sonhei
ou ainda não acordei

José Carlos Moutinho

pensamentos


Não queiras açambarcar o mundo, quando partires, poderás até, ir nu
 

*****


Que valor tem a arrogância, se é tão insignificante perante a beleza de uma rosa?

sábado, 12 de maio de 2018

Tem calma, ó morte

Quem és tu ó morte
que assustas tanta gente
como se fosses vento norte
que fustigas constantemente
 
Não te temo, crê, se quiseres
sei que um dia te encontrarei
que seja mais tardio que puderes
sabes bem que de ti, não fugirei

A vida é uma longa caminhada
que tem início, meio e um final
poderá ser curta ou longa a jornada
é aí que é tua, a vontade principal

Por isso, ó morte tem muita calma
não tenhas pressa em aparecer
para transformar o corpo em alma
porque todos gostam de aqui viver

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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