terça-feira, 13 de novembro de 2018

Mundo desconhecido




Já não me conheço neste mundo
tão desconhecido,
não consigo mais vislumbrar o sol
que antes brincava
entre as ramadas das árvores,
talvez porque o sol, também,
se tenha escondido deste mundo!

Já não ouço o cantar das aves
que dantes alegremente
invadiam os meus sentidos
e me deixavam encantado
perante a natureza,
creio até, que a maresia
não tem o mesmo perfume
que eu sentia,
quando sentado nas falésias
permitia-me aspirar
aquela refrescante fragrância!

Mesmo o mar que me enfeitiçava
e era minha inspiração poética,
parece estar amuado com este mundo
a sua serenidade
facilmente se transforma em ira!

Não me conheço,
nem a mais nada,
muito rapidamente este louco mundo
se foi transformando em desatino,
não nos permitindo sequer, antever
uma eventual acalmia futura.

José Carlos Moutinho

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

domingo, 11 de novembro de 2018

Em dia de S. Martinho



...
Pára um pouco,
minutos que sejam
e pensa no que te fizeram
e também no que tu fizeste ou fazes...
e se te sentes confortável nesse teu sentir
é porque a tua consciência dita-te honestidade,
não é que haja obrigação de pagar o que se recebe,
mas sim, pela honra da gratidão para com quem ofereceu!
Mas,se porventura, achas que deves receber e não dar,
tens, certamente, necessidade de reflectir e discernir,
havendo obviamente a satisfação ao receber,
quem ofereceu, embora não seja desejo
sentirá, também esse mesmo prazer...
não queiras, pois, engolir o mundo
se só tens uma boca pequena

José Carlos Moutinho
11/11/18

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

sábado, 10 de novembro de 2018

Escrevo




Escrevo,
só porque me apetece
e escrevo para todos
e para ninguém,
que me importa que não gostem
do que o momento me ditou
e transformei em estrofes
se há em mim um desejo ardente
de incendiar as palavras com versos
de sentimentos por vezes controversos?

Assim, escrevo eu
sem pensar em quem me vai ler,
escrevo porque quero que saibam
que as minhas palavras brotam
da fonte dos meus instantes
e que a cristalinidade dos meus sentidos
é a corrente que me leva a navegar
até ao mar da minha imaginação...

Por isso, que culpa tenho eu
se não me acompanham
neste meu solitário navegar
onde a minha fome de palavras
invade-me a alma
gritando ansiosas por se soltarem
da âncora do meu peito
que por segundos as aprisionou…

É por tudo isto que eu…
teimosa e febrilmente escrevo

José Carlos Moutinho

Plágio é crime punido pelo
Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Vai-te ó ilusão



Vai-te embora ó cansativa e gasta ilusão
não insistas por favor no teu assédio,
crê que já não sinto nenhuma emoção
o que há em mim, agora, é puro tédio,

tu insistes inventando novos sonhos,
pouco valem, esmoreceste minha alma
tornando esses sonhos tão enfadonhos
que toda a tua ilusão jamais me acalma,

a partir de hoje, peço-te uma vez mais
que procures outros e novos caminhos,
vai por aí saltitando como os pardais
talvez encontres local para outros ninhos.

José Carlos Moutinho
8/11/18

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Se...

...
Se me pinto de serena brisa
acham que devo ser vento
se me visto de ventania
dizem que sou impetuoso
se por acaso sorrio
pensam-me atrevido
se eu mostrar semblante fechado
certamente crêem-me arrogante
mas se me calo, sou convencido
se porventura frontalmente digo o que penso
sou provocante e frustrado com a vida!

Francamente...
no meio da ponte da minha felicidade
penso serenamente...
se devo sorrir ao rio dos críticos
ou mergulhar nas águas
da indiferença...

José Carlos Moutinho
7/11/18

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Aldeia do paraíso-Angola

 
 
Quantas vezes a ficção se confunde com a realidade...
é o que acontece neste meu primeiro romance de ficção onde a felicidade e o infortúnio conviveram com profundas emoções.
Aldeia do Paraíso-Angola

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Reflexão


Entendo que as editoras editem os famosos, pois, com eles têm mais ou menos a certeza de que vão vender ou ainda, os que estão a toda a hora em casa das pessoas, refiro-me, claro, aos apresentadores de TV.

As editoras são empresas e obviamente visam lucros, até aqui entendo!

Porém, como sou curioso, acho muito estranho que, normalmente, essas mesmas editoras, ditas grandes, não aceitam, logo, não editam livros de desconhecidos, muito menos se esses não tiverem um famigerado canudo de qualquer licenciatura, pois é chic e importante que o livro seja de um doutor, mesmo que a sua escrita seja uma calamidade, quantas vezes com erros ortográficos, obrigando os revisores a um trabalho hercúleo.

E há por aí tanto escritor, não doutor, que escreve maravilhosamente...

Alguma coisa está errada ou talvez não.

Errado estou eu de certeza absoluta, porque ainda acredito no Natal!


José Carlos Moutinho

5/11/18

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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